Versão Inglês

Ano:  1936  Vol. 4   Ed. 5  - Setembro - Outubro - (34º)

Seção: Trabalhos Originais

Páginas: 841 a 842

 

CIRURGIA PLASTICA DA PIRAMIDE NASAL

Autor(es): DR. J. REBELO NETO

RESUMO

O A. subordina a exposição do tema a um esquema englobando as formas principais de deformações da piramide nasal, focalizando o assunto sob um ponto de vista cientifico e, ao mesmo tempo, escolhendo para exemplificar cada uma das modalidades apresentadas, um caso clinico operado ha muito tempo.

Refere-se, de inicio, ás correções do perfil, de um lado o aquilinismo, quer puro, quer combinado ou agravado pelo prolapso lobular e, do outro, pelas depressões em sela. A proposito das substancias escolhidas para corrigir o nariz em sela, focaliza as vantagens e desvantagens de cada uma e chama particularmente a atenção para os tumores oriundos da parafina, exibindo um doente portador de um parafinoma do nariz e palpebra.

Estuda depois, a escoliose por traumatismo recente ou antigo, a escoliose combinada á depressão selar e, por ultimo, as escolioses parciais sejam limitadas ao esqueleto cartilaginoso, sejam assestadas, apenas, ao nivel do lobulo.

Cita o modo de obter a redução global das dimensões do nariz e descreve os defeitos alares puros, tais como a retração mono-lateral, cicatricial e aos decorrentes do labio leporino.

As correções tornam-se cada vez mais complexas e dificeis a medida que se aproxima da cirurgia reparadora, isto é, na execução das plasticas do aumento. Exemplifica varios casos de atresia bilateral das narinas, restauração sub-septal, restaurações parciais e totais da piramide.

A documentação é copiosa, por meio da apresentação de doentes, modelagens e fotografias.

DISCUSSAO

Dr. Antonio Prudente - As minhas palavras são de admiração pelo brilhante trabalho do Dr. Rebelo Neto, que nos mostrou uma serie enorme e completa de defeitos em que ele conseguiu a restauração mais ou menos perfeita. Quero, antes de mais nada, referir-me ao nariz em sela, que é um dos assuntos mais importantes porque necessita a inclusão, seja de material vivo ou morto. O problema ainda não teve solução definitiva. Entretanto, a melhor é a citada por ele no seu trabalho, com a qual estou de pleno acôrdo, isto é, com relação ao marfim. Mas o marfim tem um inconveniente, que é a possivel intolerancia do paciente. E' preciso que não se abuse do organismo, para que elle não leve uma inclusão de marfim excessivamente grande, razão pela qual eu tenho evitado as inclusões totais, a não ser em casos excepcionais. Alem disso, ha casos em que as condições da pele são pessimas, podendo não resistir ela ao corpo estranho. Em tais casos faço pequenas inclusões de marfim, sucessivas. Apesar dos casos de intolerancia, ela não é comumente observada e, a proposito, desejo mostrar-lhes um caso em que cheguei a reconstruir quasi todo o esqueleto do nariz com marfim.

Dr. Rebelo Neto - A respeito das vias de introdução, quer dos enxertos, quer das inclusões, acha que a endo-nasal é, dentre todas, a melhor. E' de rigôr, entretanto, afastar qualquer contra-indicação, para o emprego dessa via, partindo dai a necessidade do cirurgião plastico possuir conhecimentos de oto-rinologia. Termina aradecendo aos presados colegas as amaveis referencias feitas ao seu desvalioso trabalho, que considere, um estimulo aos esforços que tem dispendido.

Prof. Paula Santos - A Semana agradece o trabalho que acaba de ser apresentado pelo Dr. Rebelo Neto.

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