Ano: 1957 Vol. 25 Ed. 1 - Janeiro - Dezembro - (2º)
Seção: Noticiário
Páginas: 01 a 08
Vª. REUNIÃO DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS SOCIEDADES DE OTORRINOLARINGOLOGIA E BRONCOESOFAGOLOGIA
Autor(es): -
PRESIDENTES DE HONRA Prof. A. Paula Santos - Dr. Mário Ottoni de Rezende
PRESIDENTES EXECUTIVOS Prof. Paulo Mangabeira Albernaz Prof. Rafael da Nova
SECRETÁRIO DA FEDERAÇÃO Dr. Aloísio Novis
SECRETÁRIO GERAL Dr. Fábio Barreto Matheus
TESOUREIRO Dr. Antônio Corrêa
COMISSÃO CIENTIFICA Prof. Sílvio Marone - Dr. J. E. Rezende Barbosa Hugo Ribeiro de Almeida - Dr. Mauro Candido de Souza Dias
COMISSÃO DE RECEPÇÃO Dr. Luiz Piza Neto - Dr. Marco Elisabetsky - Dr. Guedes de Mello
Às 21 horas do dia 6 de setembro de 1956 realizou-se a sessão inaugural da V." Reunião da Federação Brasileira das Sociedades de O.R.L. e B. E..
A sessão que se realizou na séde da Associação Paulista de Medicina foi presidida pelo prof. Paulo Mangabeira Albernaz que convidou para fazerem parte da mesa os Drs.:
Mario Ottoni de Rezende.
Prof. A. Paula Santos.
Prof. Rafael da Nova
Aloísio Novis.
Fábio Barreto Matheus.
Após a abertura da reunião o Prof. Mangabeira deu a palavra ao Dr. Aloísio que pronunciou a seguinte oração:
Será breve a minha palavra. Quando fala Mangabeira-Albernaz que conjuga a personalidade do sábio num artista, quase nada terei a acrescentar. Mas a função de secretário nos obriga ao dever de uma recordação e de um voto.
Não venho apenas registrar uma ausência, mas, salientar, neste instante, a presença de quem vivo está em nossa saudade. Tão rica de interesse pela Otorrinolaringologia brasileira foi a vida de João Marinho, que bens o sentimos junto a nós, nos graças de sua convivência, no eco ai suas lições, na filosofia de seus conselhos, no exemplo de fidelidade à causa que nos vem reunindo cada ano, num perfeito congraçamento de especialistas que a Federação já transformou em amigos. Felizes os que partem como de tendo dedicado à cultura tôda a sua vida, na contemplação da ciência, na pesquisa da verdade. Poucos meses antes de seu desaparecimento, em memorável sessão conjunta, unidas Academia Nacional de Medicina, Universidade do Brasil e esta Federação, foi agraciado pela vontade de um Congresso Internacional com a medalha Eliseo Segura, trazida por uma pleiade ilustre de seus colegas argentinos e uruguaios. Dir-se-ia, ao vê-lo feliz em tão singular oportunidade, que o destino lhe enviara ao entardecer a flor do reconhecimento, a lhe chegar às mãos naquela hora, para embelezar os seus últimos dias, na projeção luminosa e definitiva de sua personalidade de médico e filósofo. Preparado para o encontro com a morte, despido de ilusões, cercou-a dos cuidados de modéstia com que viveu, sôbre ela dialogando até o fim, suave e tranquilo, deixando à posteridade a memória de uma nobre vida. João Marinho viverá na perpétua beleza de seus exemplos.
Interpreto o pensamento do Conselho Diretor trazendo-vos os votos de boas-vindas, meus caros colegas do norte, centro e sul do País. Cinco anos ininterruptos desses encontros criaram o merecido prestígio da Federação. Penso ter chegada a hora da revisão de nossas atividades para, imprimirmos às Reuniões novos moldes, sempre lembrado o sentido prático no crescente número de demonstrações cirúrgicas, e fazendo seguir aos dois dias de temas oficiais e breve lições, uma semana de curso intensivo para melhor aproveitamento do tempo dos colegas que vem do interior.
Outro aspecto que merece ser ventilado é o do intercâmbio Médico com o Uruguai e Argentina. Com ele só temos a lucrar, vinculados aos mesmos sentimentos e aspirações, renovando idéias e conservando a tradição, na força serena do pensamento científico. Para corresponder a êsse ideal sugeria que para a 6ª Reunião, de 1957, fôsse convidada a tomar parte a Sociedade Rio Platense de ORL, estreitando laços que nos honram, fortalecendo aliança espiritual que nos dignifica.
Seria insincero, meus Senhores, se não confessasse a alegria de vos falar nessa esplêndida Piratininga. Tudo tens a sua explicação. Estou a recordar os longes de 1932, quando daqui partiu o grito pela Constitucionalização do País, e, nós, os estudantes da minha terra, pela solidariedade de suas manifestações, fomos chamados bahianos-paulistas, síntese de um binômio que tanto nos enobrecia, inspirado que o fôra no ideal comum de uma Pátria melhor. Foi naquela ocasião que Prado Valadares, consagrado professor de medicina, se destacou nas cores mais vivas no mestre de civismo, indagando, para logo responder, da cátedra a que tanto elevou "Ao critério insofismável da Razão Pura e ao testemunho imparcial da História apurada: a expressão - ser paulista - que significa, o que diz? Ser paulista - é ter desbravado o Brasil Nascente na epopéia dos Bandeirantes, e querer aprimorar o Brasil crescido na epopéia cultural de agora. E' sentir e padecer a "apagada e vil tristeza" do Brasil de hoje; e sonhar, e gisar, e elaborar grandezas para uma refulgente Brasil de amanhã. Ser paulista é aceitar, com frêmito, revoluções que prometem a regeneração da textura política viciada, na ânsia insofrida de um Brasil melhor. Mas conclamar com frenesi - à visão clara das ilusões perdidas, antes que nos resulte, na inferiorização fatal dos valores, um Brasil cerra vezes pior. Ser paulista, por fim, - é encetar a luta sem medida e proporções, confiante noutrem; abandonado, pugnar sòzinho; traído cair de pé. E merecer a sagração sublime do condor brasileiro que voou mais alto, a "repetir-se agora no formosíssimo teor da mesma verdade épica.
Si resvalaram - foi no chão da História
Si naufragaram - foi no mar da Glória".
"Esses Leandros do Hellesponto novo
Meus caros colegas:
Esta é a terra que nos recebe e a gente que nos hospeda. Bahiano-paulista, sim, ontem, hoje e amanhã. Sede bem vindos!
A seguir falou o Prof. Mangabeira:
Após cinco anos de interregno, reunem-se hoje, pela segunda vez, em São Paulo, os otorrinolaringologistas de todo Brasil. Graças a seu espírito de compreensão e de afinidade científica e afetuosa, deslocaram-se, de todos os recantos do país, para este encontro de trabalho e estudo. Pena, que estas reuniões não sejam facilitadas por melhor compreensão das autoridades governamentais. Em uma nação de tamanha imensidade de território, torna-se imperioso que os governos incentivem êsses Congressos, tornando possível congregarem-se os técnicos brasileiros de todos os setores científicos.
Desta vez, nem o próprio Estado de São Paulo, aliás ao contrário do que aconteceu aqui em 1952, e dos outros estados - Bahia, Minas, Paraná, Pernambuco, que oficializaram nossos congressos e contribuíram ponderavelmente para a sua realização -, nem o próprio Estado de São Paulo Contribuiu, com qualquer auxilio pecunário, para a realização deste certame.
Não admira que assim seja, pois que, em nosso país assim sempre tear acontecido. Para comissões comerciais, militares, de propagando, para estes já batizados pelo povo com o título de "comedores de empadas", as possibilidades do erário público jamais deixam de existir. Basta lembrar que um homem do valôr de um Costa Lima, das grandes figuras de Maguinhos, mundialmente conhecido em sua especialidade, jamais pôde comparecer a um, congresso científico estrangeiro, ainda quando insistentemente solicitado. Foi o que ela declarou há pouco, por ocasião de receber o prêmio de um milhão de cruzeiros, doado por uma empresa comercial, o "Moinho Santista", fato que nos vemos na obrigação moral de pôr no maior realce, por absolutamente insólito, quase inacreditável em nosso meio.
Para dentro do país, devia haver unta cota especial para os congressos, não só para estimular o progresso da ciência, como para estabelecer maior união entre os cientistas brasileiros. Mas não sejamos utópicos. Continuemos a extrair do nosso trabalho penoso e constante esta taxa de patriotismo e interesse científico que faculta, ao menos uma vez por ano, o prazer dêsses dias curtos e fugazes, em, que podemos, ainda, novamente nos ver, e estreitar, cada vez roais, nossos laços de amizade e de simpatia.
Se, no entanto, nessa oportunidade, não contamos com o auxílio do Estado, não nos falhou a generosidade dos laboratórios, o que facultou a efetivação desta reunião. Confessamo-nos penhorados às firmas Squibb, Rhodia, Abott e em particular aos Laboratórios Climax, pela sua valiosa e preciosa colaboração.
Vamos trabalhar em prol do engrandecimento, do progresso da otorrinolaringologia nacional. Digo otorrinolaringologia, porque nesta se encaixa, pelo menos teoricamente, esta nova especialização, que é a bronco-esofagolagia. A divisão, como sabemos, só existe no terreno prático.
O maior cirurgião do século, êste pioneiro cuja vida luminosa acaba, faz pouco, de extinguir-se - René Leriche, diz que "tôda especialização devora o especialista. Ela faz dêle um cirurgião em sentido único, fundido em um molde que não permite inversão".
Reportando-se ao cirurgião, acha o grande mestre que êle tem uma tarefa pesada, mais pesada do que os que se especializam. "Estes, - diz êle - admiro-os e, muitas vezes, invejo-os. Sua vida é socialmente magnífica. Mas é exaustiva e difícil. O que os salva, é que ela é inteiramente ação. Eles não têm a inquietude dos problemas não resolvidos, nem a responsabilidade de ensinar. Seguem o movimento. Não criam. Mas que não se iludam: sua tarefa vai se complicando dia a dia".
Isto dizia o grande mestre em urna lição "Do humanismo em cirurgia", proferida em 1946 no Colégio de França. Há 10 anos êle via claramente o que nos esperava.
Em verdade, a otorrinolaringologia, no pensar dos que a conhecem pela rama, desapareceu com as sulfas e os antibióticos. Para estes, de espírito simples e oportunista, a otorrinolaringologia resume-se, em rigor, à parte cirúrgica. Nas especialidades cirúrgicas, de fato, a parte técnica tema sempre tendência marcada a sobrepujar a parte médica. Ao cabo de alguns anos de tirocínio, vamos, todavia, perceber, de modo evidente, que não estão na parte cirúrgica as grandes dificuldades da otorrinolaringologia. Se, do ponto de vista clínico, os antibióticos resolveram grandemente a parte terapêutica de muitos problemas da especialidade, de outra parte os conhecimentos modernos de bioquímica, de virulogia, etc., criaram-nos novas e não menores dificuldades.
Verdade é que, se a cirurgia descambou para um terreno de patologia e cirurgia microscópicas, a exigirem verdadeiro virtuosismo da parte do cirurgião, isto ainda é problema de maior ou menor traquejo, de maior ou menor persistência nas mesas anatômicas. Não houve, realmente, necessidade, em, tempos remotos, de certo rigorismo anatômico para ser-se otorrinolaringologista. A cirurgia das amígdalas, do septo nasal, dos sinus frontais e maxilares, a cirurgia da mastoidite ou de suas complicações dos coles teatomas, etc., eram aprendidas sem maiores óbices, nas salas de cirurgia. Hoje, não: a fenestração só se aprende em cadáver, e é difícil, mesmo a um especialista perito, realizá-la antes de tê-la levado a cabo umas 30 vezes no necrotério, a mobilização do estribo exige perícia especial, e só pode ser igualmente efetuada após prolongado treino na mesa necroscópica; as tìmpanoplastias, em sua imensa variedade, também só serão executadas por especialista que tenha prolongada prática na mesa anatômica.
Mas não é êste setor o que hoje mais nos dificulta a tarefa, corro previra Leriche. É o setor fisiológico, é o setor semiótico, é o setor médico propriamente dito. Cada vez mais se nos anteparam problemas que se complicam dia após dia. Para os que limitam a otorrinolaringologia a extirpar amígdalas; corrigir septos que, na maior parte das vezes, não estão fazendo mal nenhum; afastar ou reduzir hipertrofias ou hiperplasias das conchas; tratar de otites medias, alguns fazendo esvaziamentos onde a cirurgia conservadora salvaria ainda muita coisa: para êsses, a otorrinolaringologia parou.
E justamente o contrário que se está verificando. Com pouco menos de quarenta anos de clínica, o que vejo hoje não foi o que vi, nem o que aprendi, quando, ao lado de um mestre incomparável e inesquecível, comecei a lidar com a especialidade. O que fiz há 20 anos, desde a terapêutica das rinites, à cirurgia das amígdalas, a semiótica auditiva, tudo, tudo mudou, e vejo que tenho de estar repetida e incansavelmente aprendendo, sempre e de novo.
A concepção que hoje tentos da fisiologia auditiva é algo de complexo, terrivelmente complexo e cada vez mais complexo. Desde as experiências fundamentais de Békésy, às provas da piezoeletricidade, tudo é baseado em física pura, para cujo conhecimento não estão preparados os de minha geração, nem, entre nós pelo menos, as das gerações atuais. A acústica de hoje, mais forjada pelo espírito dos engenheiros das companhias telefônicas e pelos, psicólogos, do que pelos médicos, é algo apolíptico para nós, educados num período de transição entre a investigação fisiológica pura de Claude Bernard, a eléctrica de D'Arsonval e a medicina mecanizada dos americanos. A otologia de hoje é um misto de fisiologia, psicologia, física pura e anatomia super-especializada, que, matematicamente, caminha para aquilo que, outrora se fez em Viena: separar a rino-laringologia da otologia. Há, porém, no caso, uma agravação do problema. E que está se estabelecendo uma divisão entre a otologia acústica pura e o renascente, que é a otologia clínica e cirúrgica. Isto, por dois motivos: 1) porque a mentalidade humana não pode abranger tudo; 2) porque não estamos nós médicos capacitados a compreender os problemas matemáticos e eléctricos que a questão envolve.
Foi o que Leriche, com sua mentalidade genial, percebeu antes que o sentíssemos.
E a otorrinolaringologia de nossa época é algo de diferente, de confuso, que não foi a especialidade de 30 anos atrás. Para muitos, entretanto, essa otorrinolaringologia não passa de um fantasma: êles não a conhecem, nem sabem se ela existe.
No campo de nossas atividades, quer do otorrinolaringologia, quer do seu ramo ora independente (na prática pelo menos), a bronco-esofagologia, unamos nossos esforços para, em nosso meio, realizar e produzir no terreno do progresso científico. Façamos obra de cientistas, quer no hospital quer no laboratório, e nos esforcemos para que a otorrinolaringologia ocupe, no Brasil, o lugar que merece, e não fique, como está acontecendo, propriedade de quatro ou cinco nomes, por anais que dêles e, com tôda justiça, nos orgulhemos.
Esta é a primeira vez que nos reunimos, depois do desaparecimento de um dos grandes nomes da especialidade, cuja figura devia aqui estar hoje ao nosso lado, infalível, como sempre, com o valor de sua presença e o incentivo de sua experiência e de sua constância. Refiro-me, todos já me entenderam, ao mestre insigne Prof. João Marinho. Sôbre seu nome aureolado, de trabalhador infatigável, de pioneiro, as flores de nossa mais carinhosa saudade.
Sêde bem vindos a São Paulo. Que os dias desta luminosa reunião sejam de prazer, de alegria, de elevação.
Com estas palavras, em que vai a saudação afetuosa dos paulistas aos nossos amáveis e queridos visitantes, declaro inaugurados os trabalhos da 5.ª Reunião da Federação das Sociedades Brasileiras de Otorrinolaringologia e Bronco-esofagolagia.
O Prof. Marinho pronunciou algumas palavras desejando êxito ao congresso e agradecendo as referências feitas ao Prof. João Marinho.
Terminada a sessão foi servido um coquetel aos participantes e suas famílias.
No dia 7 às 9 horas realizou-se a primeira sessão ordinária presidida ainda pelo Prof. Mangabeira Albernaz, que inicialmente determinou o tempo para aqueles que iriam falar: 1 hora para o relator, 15 minutos para os correlatores e 5 minutos para os comentários. Fez um apelo a todos os presentes para que prestigiassem a Revista Brasileira de ORL que é o órgão oficial da Federação.
Passou a seguir a presidência ao Prof. Arthur de Sá que deu a palavra aos relatores do 1.° tema: Diagnóstico da Surdes: Prof. Geraldo Sá e Arthur de Sá.
O trabalho muito bem apresentado despertou vivo interêsse e foi comentado pelos Drs.: Antonio Corrêa, J. E. Rezende Barbosa, Prof. Mangabeira, Marco Elisabethsky, Ralph Kyrnise, Prof. Ermiro Lima e Snrta. Matilde Sesniger.
O Prof. Arthur Sá passou a presidência ao Prof. Celso Ferreira que deu a palavra aos correlatores: Drs. Antonio Corrêa e Sérgio Paula Santos que falaram sôbre Audiometria em doentes hemiesferectomisados.
A seguir assumiu a presidência o Prof. Ermiro Lima que orientou os comentários.
No dia 8 às 9 horas foi apresentado o 2° tema oficial: Afecções benignas da laringe cujo relator foi o Dr. Flávio Aprigliano. A sessão foi presidida pelo Prof. Rafael da Nova que após a apresentação do tema passou a presidência ao Prof. Antonio de Souza, de Porto Alegre.
Foram apresentados ternas correlatos a saber
1) Dr. Pinto de Castro
a) Blastomicose da laringe: 13 casos.
b) Polipos e papilomas da laringe.
2) Drs. Antonio Corrêa e Paulo Morganti: câncer da Rinofaringe.
3) Drs. Antonio Corrêa e Ítalo Lorenzi: Fibroma do naso faringe: Tratamento hormonal e radioterápico.
4) Dr. Plínio Mattos Barreto: Papiloma da laringe.
5) Dr. J. E. Rezende Barbosa: Alguns dados clínicos na patologia do naso faringe.
Assumiu, então a presidência o Prof. Carlos Moraes que dirigiu os debates. Fizeram comentários aos trabalhos os Drs. Plínio Mattos Barreto, Ivo Netto, Arruda Botelho, Paulo Brandão, Aristides Monteiro e Carlos Moraes.
Antes do encerramento da reunião falou o Dr. Aloísio Novis, comunicando que a Reunião do Conselho Diretor da Federação deliberou
1) Nomear um presidente com atuação até a próxima reunião, cuja escolha recaiu no Prof. Carlos Moraes.
2) Salvador tinha sido escolhido para sede da VIª Reunião.
3) As datas escolhidas foram: 15, 16 e 17 de Novembro de 1957.
4) Temas e relatores:
a) Estado atual da terapêutica das Sinusites: Relator Prof. Rafael da Nova.
b) Câncer da laringe: Relator Prof. Ermiro Lima.
3) Para a VP Reunião será convidada a Soc. Rio Platense de ORL para participar das reuniões.
Pediu a seguir para que todos entregassem os resumos dos trabalhos apresentados a fim de que fôsse possível a impressão dos anais.
Á tarde dos dias 7 e 8 foram realizados pequenos cursos a saber:
- Mauro Penna - Audiometria clínica.
- Gerald Sá - Logoaudiometria prática.
- Flávio Aprigliano - Broncoesofagologia em pediatria.
- Plínio Mattos Barreto - Traqueotomia - conceito atual.
- Walter Benevides - Disfomias.
- Silvio Marone - Terapêutica do Tinido.
- Moysés Cutin - Orientação no diagnóstico da Rino sinusite alérgica.
- Ermiro Lima - Timpanoplastia.
- Fernando Linhares - Audiometria prática e mobilizações do estribo.
- Roberto Farina - Rinoplastia.
- Jorge Barbosa - Tratamento cirúrgico dos tumores da hipofaringe.
- Gabriel Pôrto - Orientações no diagnóstico e tratamento das complicações endocranianas das otites supuradas.
- Arruda Botelho - Contribuição ao tratamento cirúrgico do divertículo faringo esofageano.