Versão Inglês

Ano:  1955  Vol. 23   Ed. 5  - Setembro - Dezembro - ()

Seção: Trabalhos Originais

Páginas: 184 a 200

 

QUISTOS DO LARINGE (*) - PARTE 2

Autor(es): DR. CAPISTRANO PEREIRA (**)

QUISTOS DO LARINGE

Localização e sua frequencia
Ulrich - 1887 - 126 casos

Epiglote...................60 casos - 47,7%
Cordas Vocais..............50 casos - 39,7%
Ventrículo.................08 casos - 6,3%
Aritenóide.................08 casos - 6,3%
Prega aritenepiglótica.....08 casos - 6,3%
Total......................126 casos - 100%

Os quistos de retenção localizam-se principalmente nas cardas vocais, nos ventrículos, na epiglote.

Os disembrioplásicos têm sido observados com maior incidência na prega aritenepiglótica, falsa corda, ventrículo de Morgagni, prega glossepiglótica, epiglote.

O hematoma enquistado, via de regra, apresenta-se na borda livre e na face superior da corda vocal e, mais raramente, na falsa corda.

Murdock (1937) (54) observou um quisto pediculado com origem na face posterior da cricóide. Dean e Gregu (1918) (56) quisto na região interaritenóidea. Estas localizações, contudo, são excepcionais.

SINTOMATOLOGIA

Os sintomas a serem observados variam, naturalmente, com a sede e o volume do quisto, as dimensões do laringe.

Por exemplo: no recém-nascido, cujo laringe apresenta dimensões reduzidas, os quistos congênitos (geralmente volumosos e localizados na coroa laríngea) manifestam-se pela dispnéia intensa, com tiragem, cornagem, podendo terminar pela asfixia e morte.

A) Sintomas Subjetivos

Perturbações fonatórias, respiratórias e da deglutição podem observar-se, ao lado da tosse, impressão de corpo estranho, salivação exagerada, regurgitação de líquidos pelas fossas nasais, etc.

Os quistos localizados nas cordas vocais são geralmente pequenos, não dificultando a respiração, produzindo antes rouquidão, tosse sêca, de irritação, sensação de corpo estranho. A rouquidão será tanto mais acentuada quanto mais anterior a sede do quisto. (Fauvel).

Os localizados nas pregas aritenepiglóticas, nas falsas cordas, nos ventrículos de Morgagni, na face posterior da epiglote, geralmente volumosos e de origem embrionária, passam no inicio desapercebidos, produzindo ao depois perturbações da respiração, mais ou menos intensa, de acôrdo com o volume e extenção do quisto. A dispnéia, nestes casos, vai-se aumentando gradativamente, podendo acarretar a asfixia, como em um dos nossos doentes (3.º obs. A. V. S.), o qual foi traqueotomizado de urgência, nos consultório de outro especialista.

Perturbações da fonação e da deglutição podem apresentar-se concomitantemente nestes casos.

Os quistos da epiglote, principalmente os da face lingual, podem passar por muito tempo desapercebidos, constituindo achado casual de exame, como nos três, casos de Morgenstern e Lasala (53). Somente são notados quando pelo seu volume, dificultem a deglutição, a respiração ou a fonação.

A regurgitação dois líquidos pelas fossas nasais tem sido assinalada em quistos volumosos da face anterior, lingual, da epiglote.

Os quistos da infraglote, muito raros, produzem perturbações intermitentes da fonação (caso de Murdock) (54) e da respiração, podendo todavia acarretar a asfixia e a morte (caso de Myerson) (56).

O espasmo dos músculos constritores tem sido observado em certos portadores de quistos do laringe, principalmente em indivíduos espasmofílicos.

B) Sintomas objetivos

Pela laringoscopia - direta, indireta ou em suspensão - nota-se a presença do quisto no laringe, a sua sede, volume, extensão, o seu aspecto, coloração, etc., bem como o estado, normal ou não, das diversas partes do laringe.

Verificar, igualmente, o aspecto da faringe (principalmente a goteira faringolaríngea, as fossetas glossepiglóticas, as pregas glossepiglóticas, a face lingual da epiglote).

a) O hematoma enquistado apresenta-se como pequeno tumor, do tamanho de grão ele arroz, feijão ou ervilha; séssil; de coloração vermelho escuro; localizado na borda livre ou na face superior das cordas vocais. A sua abertura dá saída a sangue coagulado ou a soro e fibrina.

Confundem-se com os tumores benignos do laringe, muitas vêzes o seu diagnóstico somente sendo possível pelo exame anatomopatológico (caso de Knapp) (42).

Não são frequentes, aparecendo mais no adulto que na criança, em especial nos profissionais da voz, decorrentes do traumatismo das cordas pelo mau uso ou abuso da voz, ou ainda na tosse, no espirro, etc.

b) O quisto congênito, disembrioplásico, é geralmente volumoso, ovóíde, transparente, localizado na face laríngea da epiglote ou na prega aritenepiglótica, ou na falsa corda, obstruindo total ou quasi totalmente a luz do laringe, dificultando o exame da glote. A mucosa do laringe mostra-se vermelha, irritada, recoberta por secreção catarral.

A dispnéia intensa, a asfixia iminente dificultam ou impossibilitam muitas vêzes a laringoscopia, sendo necessário recorrer-se à traqueotomia de urgência para evitar-se a morte do recém-nascido ou lactante, e possibilitar exame posterior do laringe.

Em alguns doentes, entretanto, o quadro não se apresenta assim, dramático, as dimensões do quisto permitindo a passagem suficiente do ar pelo laringe.

É possível que casos haja de quisto congênito, embrionário, do laringe que tenham passado desapercebidos, assimtomáticos, sendo diagnosticados posteriormento como quistos adquiridos, disembrioplásicos; porém, estes casos, se existem, constituem exceção muito rara.

c) O quisto adquirido disembrioplásico desenvolve-se lentamente, sem sintomas subjetivos, até atingir o seu volume à dimensões tais que justifiquem perturbações da respiração ou da fonação, mais tardiamente, da deglutição.

No seu estado definitivo, apresenta-se esse quisto muito volumoso, recoberto por mucosa vermelha ou rósea, com vasos sanguíneos desenhados na sua superfície, esta brilhante, lisa, tensa. Consistência líquida: mole, depressível.

Localizado, em geral, na vizinhança do apêndice do ventrículo de Morgagni (falsa corda, prega aritenepiglótica, prega (flossepiglótica); obstruindo com frequência a luz do laringe, não permitindo o exame da glote; invadindo o seio piriforme (goteira faringolaríngea) ou a valécula; estendendo-se em direção ao osso hióide, à base da língua; exteriorizando-se no pescoço, através da membrana tireóidea. A sua expansão é lenta, porém, contínua, progressiva.

Quando exteriorizado no pescoço, apresenta-se como tumor mole, depressível, sem aderências à pele, acompanhando os movimentos de ascenção e descenção do laringe.

A punção revela o seu conteúdo: líquido, viscoso, opalescente, a ponta da agulha se deslocando livremente no seu interior, na sua cavidade.

A manobra de Valsalva não faz alterar o seu volume, não existindo comunicação entre a sua cavidade e a do laringe.

Pode apresentar supuração, como no caso de Gordon New e em um dos nossos (o da 2.ª obs. H. M. S.).

A comunicação entre o quisto endo e exolaringeo nem sempre se observa, principalmente nos quistos infectados (nossa 2.ª obs. H.M.S.).

d) O quisto de retenção glandular apresenta-se, chiando localizado na corda vocal, como pequeno tumor, do tamanho de uma ervilha ou avelã, raramente qual amêndoa; de consistência mole, depressível; coloração - rósea ou vermelha; superfície lisa, unida, brilhante.

Confundem-se muitas vêzes com os tumores benignos, rotulados imprópria e genericamente como polipos, sómente o exame anatomo-patológico revelando o seu diagnóstico.

Podem apresentar-se sob a forma de quistos múltiplos, diminutos, de microquistos, como observaram Guibert e Charles Imperatori.

O quisto glandular da epiglote, principalmente, o da sua face lingual, é em geral mais volumoso, do tamanho de uma azeitona, amêndoa, noz ou tangerina.

Apresenta-se às vêzes pediculado, com pedículo mais ou menos longo, podendo neste caso ser eliminado espontaneamente ao tossir, ao espirrar, ao deglutir, ao vomitar ou até ao pigarrear.

Ocasiona com frequência perturbações da deglutição, principalmente regurgitação dos alimentos líquidos pelas fossas nasais.

e) O quisto amigdalóide, o linfático, o traumático, o linfangioma e o hemangioma quisticos apresentara os característicos já enunciados a propósito da classificação. O exame anátomo-patológico faz-se necessário para firmar-se o seu diagnóstico.

DIAGNÓSTICO

A) POSITIVO

O diagnóstico positivo do quisto do laringe faz-se pelos sintomas subjetivos anteriormente enumerados. A radiografia (com raios moles), a tomografia e, mais raramente, a radiografia com contraste prestam relevante auxílio no diagnóstico do quisto do laringe.

Pode recorrer-se ao toque, digital ou instrumental, perigoso entretanto, pela possível ruptura da cápsula e consequente extravasamento do seu conteúdo na árvore brônquica.

Nos quistos exteriorizados, cervicais, prestam relevante auxílio a apalpação, a percussão e a punção.

De maneira geral, o diagnóstico positivo dos quistos laríngeos não oferece dificuldade, sendo feito pela laringoscopia e confirmado pela radiografia ou tomografia.

O exame anátomo-patológico é indispensável para determinar-se o tipo do quisto e, algumas vêzes, para firmar-se o seu próprio diagnóstico.

B) Diferencial

O diagnóstico diferencial deve fazer-se com os demais tumores benignos do laringe (fibroma, lipoma, encondrorna, angioma...), com o papiloma, o câncer, o laringocele, o prolapso ventricular, os corpos estranhos, a difteria, a atelectasia pulmonar, a asma brônquica, as laringotraqueítes, a laringotraqueobronquite aguda, a hipertrofia do timo, a persistência do buraco de Botalli, etc.

A radiografia, a tomografia (do laringe, do mediastino, dos pulmões), a biópsia facilitam o diagnóstico diferencial, em certos casos difíceis.

Como demonstração de dificuldade do diagnóstico podemos citar as seguintes observações:

1) Edis, Greene, Bellocq, Fisher e outros - no recém-nascido, o diagnósticos tendo sido feito post-mortem, pela necrópsia.

2) Myerson: uma criança de 3 anos de idade, com dispnéia intensa, estava sendo tratada, sucessivamente, por outros médicos, de hipertrofia do timo, de asma brônquica, de difteria e, finalmente, de papiloma do laringe, quando, em asfixia, foi por êle traqueotomizada de urgência. A laringoscopia direta revelou, ao depois, a causa verdadeira da obstrução do laringe: quisto da prega aritenepiglótica esquerda. Três semanas depois, sob anestesia geral, pela laringoscopia em suspensão, foi a menina operada por Myerson, obtendo alta curada um mês após.

3) Gordon New: uma senhora, de 42 anos de idade, apresentava rouquidão há dois meses e meio, estando em tratamento de câncer (!) pela radioterapia. Por causa da radiotermite intensa, abandonou o tratamento, indo procurá-lo. Pela laringoscopia direta verificou tratar-se de quisto embrionário do laringe, o qual foi removido por tirotomia lateral, obtendo a paciente alta curada.

4) Terracol: em um doente com rouquidão e dificuldade respiratória, tendo as reações sorológicas da sífilis positivas e estando em tratamento antiluético, foi feito a radiografia que revelou a presença de um quisto no laringe. Removido o quisto cirúrgicamente, o exame anátomo-patológico mostrou a cancerização da sua parede.

5) Murdock: um clérigo, de 35 anos de idade, queixava-se de perturbação intermitente da fonação e da respiração, o exame pela laringoscopia indireta nada de anormal tendo revelado.

Certa vez, quando pregava um sermão, no auge do seu fervor oratório perdeu totalmente a voz, ficando totalmente afônico e um pouco dispnéico.

Assentou-se e pediu um copo com água; ao sorver o líquido pareceu-lhe ter deglutido um corpo sólido. Incontinente, readquiriu a voz, desapareceu a dispnéia, tendo prosseguido no seu sermão.

A laringoscopia indireta, ainda desta feita, nada mostrou de anormal. A direta, porém, revelou a presença de "quisto pediculado (pedículo longo - 2,5 cm), com inserção na face posterior da cricóide direita".

Pela laringoscopia em suspensão, no aparelho de Lynch, foi o quisto removido, graças a bisturi longo, e cauterizada com nitrato de prata a sua base de implantação.

Murdock chama a atenção para o possível diagnóstico de afonia ptiática, considerando o momento de emoção e a maneira bizarra como se apresentou, além da negatividade do exame pela laringoscopia indireta. Insiste na necessidade da laringoscopia direta ou em suspensão, nestes casos.

6) Lorie e Lux: criança de quatro e meio meses - com dispnéia, regurgitação dos alimentos, estado geral precário - sendo tratada por outros médicos com ultravioleta e raios X.

Considerando o estado da criança, preferiram fazer antes a traqueotomia, a fim de prepará-la para o exame posterior do laringe.

A laringoscopia direta, uma semana após, permitiu o diagnóstico da obstrução do laringe: enorme quisto congênito, provavelmente com origem na epiglote, recobrindo inteiramente o lado esquerdo do laringe.

Foi feita a incisão da cápsula e evacuação da secreção mucóide contida no seu interior. A respiração e a deglutição logo se normalizaram. A criança pôde emitir sons pelo seu laringe, o que até então lhe era impossível.

Uma semana depois, entretanto, os sintomas reapareceram e o exame revelou a presença novamente do quisto.

Decorridos onze dias da primeira intervenção, foi feita a laringofissura e remoção total do quisto, o que possibilitou a cura definitiva da criança.

7) Em um dos nossos doentes (3.ª obs., A. V. S.) tinha sido feito, anteriormente, por uma outro especialista, o diagnóstico de abscesso do laringe. O suposto abscesso, entretanto, não foi incisado: enquanto aguardava o ato cirúrgico, fez-se necessária a traqueotomia de urgência.

Outros casos, semelhantes e instrutivos, poderiam citar-se. Mas, por que nos estender em demasia?

EVOLUÇÃO

O quisto do laringe evolui lenta e progressivamente, até atingir a dimensões que impossibilitem a vida do paciente, ocasionando-lhe asfixia e morte.

Pode passar desapercebido durante muito tempo, sem apresentar sintomas, casos havendo de diagnóstico por casualidade, ao praticar-se a laringoscopia indireta de rotina.

Citam-se algumas observações, poucas embora, de regressão, após a ruptura da sua cápsula, em esforço de tosse, espirro, etc.

A recidiva tem sido observada, principalmente, nos quistos embrionários, disembrioplásicos, quando o tratamento se restrinja à punção ou à incisão apenas da cápsula, sem removê-la completamente.

A cura definitiva é a regra quando se faz a extirpação total, cirúrgica, do quisto. Alguns autores, entretanto, como Sagols; mostram-se pessimistas quanto ao resultado do tratamento dos quistos embrionários.

PROGNÓSTICO

O prognóstico destes quistos fica na dependência não só das dimensões do laringe (em relação com a idade do paciente: recém-nascido, lactante, criança, adolescente, adulto), mas também do volume, natureza e sede do quisto.

No quisto congênito, volumoso, do recém-nascido, por exemplo, é reservado, vergens ad malum, diversos sendo os casos fatais registrados na literatura médica.

Os hematomas enquistados, os quistos de retenção, os traumáticos, os localizados na face lingual da epiglote apresentam, de maneira geral, prognóstico benigno.

Os disembrioplásicos, o linfangioma e o hemangioma quísticos, apesar da sua evolução geralmente benigna no adulto, podem sofrer a transformação neoplásica maligna, quasi sempre revelada apenas pelo exame anátomo-patológico. Dêste exame depende, pois, o seu prognóstico.

TRATAMENTO

O tratamento deve ser cirúrgico, pela extirpação total do quisto. A via de acesso é diversa, conforme a sede, extensão, volume, natureza do quisto.

Os quistos pequenos, como os de retenção, o hematoma enquistado, com sede nas cordas vocais, podem ser removidos, quais polipos, pela via natural, graças à laringoscopia indireta, usando-se pinças laríngeas, como a de Moure.

A laringoscopia direta, ou a em suspensão, pode fazer-se necessária nos quistos mais volumosos ou nos localizados na infraglote.

Os quistos da epiglote, os do vestíbulo do laringe podem ser extirpados diretamente, abaixando-se fortemente a língua ou afastando-se a epiglote com a espátula.

A tirotomia, lateral ou mediana, deve praticar-se, como via de acesso, para extirpação dos quistos sésseis, volumoso, principalmente os disembrioplásicos, desenvolvidos na coroa laríngea, estendendo-se para a base da língua, para o osso hióde.

A via externa é indicada para dissecção e remoção dos quistos exteriorizados no pescoço, prosseguindo-se na intervenção (laringofissura) para extirpação da parte endolaríngea do quisto.

A simples incisão da cápsula, com evacuação ou, melhor, aspiração do seu conteúdo, às vezes oferece resultado satisfatório, definitivo. Em muitos casos, entretanto, a recidiva tem sido observada (Capistrano - 2.ª obs., Joseph Beck, Louis Girard, Gordon New, John Erich, Myerson, Louis Kleinfeld Lorie e Lux... ), em alguns ocasionando a morte do paciente (Myerson).

Nos quistos disembrioplásicos, volumosos, com dispnéia intensa, asfixia iminente, em vez da traqueotomia de urgência, pode fazer-se a punção, com agulha de paracentese do tímpano, ou pequena abertura (1/2 cm) com a ponta do bisturi longo, seguida de aspiração. Doente, em geral criança, envolto em lençol, com abridor de bôca, em decúbito dorsal e na posição de Rose, com auxiliar para manter a cabeça e imprimir os movimentos que se fizerem necessários, a fim de evitar-se a penetração nas vias aéreas inferiores do líquido extravazado do quisto.

Normalizadas as condições do paciente, fazer-se a remoção do quisto pela laringoscopia ou graças à laringofissura, pois a recidiva nestes casos é a regra.

A traqueotomia tem sido praticada, muitas vêzes, como tratamento de urgência: ou para combater a asfixia e possibilitar o exame posterior e diagnóstico da causa de obstrução do laringe, ou para permitir o preparo do doente, melhorando suas condições gerais para a intervenção.

A injeção de líquido modificador, a cauterização química (cloreto de zinco, ácido crômico, nitrato de prata) ou galvânica, a diatermocoagulação, a radioterapia... têm sido empregadas no tratamento do quisto do laringe.

Poncet, em junho de 1952, empregou a inclusão de acrílico para corrigir a retração cícatricial pós-operatória, advinda em uma doente que fôra operada de volumoso quisto do laringe. A reposição da corda vocal direita sôbre a linha mediana foi obtida graças àquele artifício, a paciente voltando a fazer-se entender, embora com timbre de voz menos perfeito.

Interessante o caso relatado (Poyet-Trelat, 1883) de um estudante que, com o dedo índice, perfurou e esvaziou um quisto da epiglote, obtendo a cura.

Não menos interessante, todavia, a observação de Davis: um doente foi por êle salvo, em asfixia, esta em consequência da penetração nas vias aéreas inferiores do líquido de um quisto do laringe, aberto pelo próprio doente, com o dedo.

CONCLUSÕES

O quisto do laringe é relativamente raro.

Dos quistos do laringe, o mais frequente é o de origem glandular.

Os quistos congênitos merecem atenção especial, podendo acarretar a asfixia e a morte, principalmente nos recém-nascidos.

De maneira geral, o dianóstico positivo de quisto do laringe não oferece dificuldade.

A tomografia e a radiografia de perfil auxiliam sobremaneira no diagnóstico dos casos difíceis e devem ser feitas sistematicamente para elucidação dos cases de obstrução laríngea, máxime no recém-nascido.

A radiografia e, principalmente, a tomografia não têm merecido a atenção devida. Raras as observações publicadas com esta referência.

O exame anátomo-patológico é indispensável para firmar-se o diagnóstico do tipo do quisto e classifica-lo.

A transformação neoplásica maligna, possível nos quistos disembrioplásicos, no linfangionia e no hemangioma quístico, exige o estudo histopatológico acurado da cápsula destes quistos.

O quisto do laringe evolui lenta e progressivamente.

Os sintomas subjetivos ficam na dependência do volume e da sede do quisto, bem como das dimensões do laringe.

O tratamento do quisto do laringe é variável de acôrdo com a sua classificação.

Os quistos de origem embrionária, os disembrioplásicos, devem ser extirpados completamente, a simples incisão com evacuação do seu conteúdo não se fazendo suficiente, a recidiva sendo nestes casos a regra.

Muitos quistos podem ser operados pela via natural, pela laringoscopia indireta, direta ou em suspensão.

A tirotomia, mediana ou lateral, deve ser a via de acesso aos quistos volumosos, sésseis, do laringe, particularmente os de origem embrionária.

A intubação do laringe deve ser evitada nos casos de quisto, pela possível ruptura da sua cápsula e penetração na árvore bronquica do seu conteúdo.

A traqueotomia de urgência pode fazer-se necessária: ou para evitar a asfixia e a morte do paciente ou para prepará-lo melhor para a intervenção.

A necrópsia deve ser feita em todos os casos de morte por obstrução das vias aéreas inferiores, quando o diagnóstico estiver em dúvida, principalmente nos recém-nascidos.

ADDENDUM

Pretendíamos neste ADENDO fazer a apresentação dos casos de quisto do laringe observados no Brasil e ainda não publicados ou acaso publicados mas não do nosso conhecimento.

Até o momento, entretanto, não nos foi possível realizar o trabalho como desejávamos, tendo conseguido coligir elementos apenas dos casos que se seguem:

- DR. RUBEM AMARANTE publicou, em agosto de 1939, no Brasil Policlínico, a seguinte observação sobre "Quisto sufocante da Laringe". J.R., brasileiro, branco, Vila Eloab, 721 - Pelotas.

ANAMNESE: - Há um ano sente uma bola na garganta que começou a crescer após forte gripe. Não pode ficar deitado do lado esquerdo, porque sente muita falta de ar. Tem dificuldade para deglutir, mas o que mais o incomoda é a falta de ar que sente especialmente quando se deita do lado esquerdo. Já teve uma inflamação muito forte na garganta e nesta ocasião saiu pús (sic). Consultou um especialista que lhe receitou gargarejos mas não tendo melhorado procurou o Dr. Mascarenhas que o examinou mas tendo que se ausentar da cidade nos recomendou o doente.

ANTECEDENTES: - pessoais e hereditários: s.m.s.
Faringe: Logo ao abaixar a língua, nota-se um tumor liso de côr esbranquiçada com vasos desenhados em sua superficie e do tamanho de uma grande nóz. Quando o doente expira forte o tumor faz saliência e se torna visível, mesmo sem o abaixa-língua.

LARINGOSCOPIA: - Tumor inserido na borda livre da epiglote, lado D.

TRATAMENTO: - Cirúrgico. Retirado com alça fria sob o controle de laringoscopia indireta em 10-3-938
18-3-938 - Alta curada. Enviada a peça para exame.

EXAME ANATOMO-PATOLOGICO: - A peça mostra conformação ovóide, com o volume comparável ao de um ovo de pomba. A superficie externa é lisa e de cor esbranquiçada. E um dos pólos nota-se com facilidade a existência de um pediculo. A consistência é a de uma formação cística. Ao corte, nota-se uma cavidade de paredes finas, com algumas vegetações em seu interior, sendo o conteúdo constituido por um líquido ligeiramente turvo, claro e moderadamente viscoso.

O estudo microscópico dos cortes revelou os seguintes aspectos histológicos:

Há um revestimento externo, constituido por tecido epitelial malpigeano, evoluindo segundo o tipo das mucosas. Este epitélio mostra-se em geral aumentado em espessura, não apresentando porém alterações histológicas dignas de referência. O tecido subeptelial é do tipo conjuntivo colageno, bem Vascularizando e mostra-se um discreto infiltrado linfocitário de densidade irregular. O revestimento interno apresenta aspectos variados, de acordo com a zona examinada. Ora é ele constituido por epitélio nitidamente malpigeano do tipo das mucosas n ora por epitélio cilíndrico poliestrátificado, ora por epitélio cilíndrico encimando uma camada malpigeana. O revestimento das vegetações assinaladas acima, mostra os mesmos caracteres macroscópicos. Nos cortes o conteúdo da cavidade é de aspecto homogêneo, corando-se fracamente pela eosina, verificando-se em várias zonas, células de epitélio de revestimento destacadas e degeneradas". A) José Bica.

- PROF. JOSÉ KOÉ teve a oportunidade de observar cinco casos de quisto do laringe, sendo quatro no seu Serviço e um na sua clínica particular. Estes casos ainda não foram publicados.

1) M.H.T. 7 anos, F. 3553, em 6-4-939.
"Formação cística de conteúdo mucoso. Inflamação crônica. Hiperplasia do corpo mucoso". A) Penna Azevedo

Formação tumoral redonda, depressível, recoberta de mucosa esbranquiçada, do tamanho de um ovo de pomba, com pediculo largo sobre a prega glosso epiglótica direita indo ao bordo livre da epiglote recobrindo a laringe.

Removido pelas vias naturais - desde muito pequeno (meses) que tem a respiração barulhenta e difícil. (Congênito?)

2) J.P.A., 50 anos Masc. F. 9833, em 6-6-945. Polipo gigante da epiglote.
Grande polipo (cisto) do tamanho de noz, ocupando o lado esquerdo da boca, móvel, de peliculo longo, inserido no bordo da epiglote, lado esquerdo - Retirando com alça fria.

3) H. de F.C., 55 anos, Masc. F. 15.767, em 29-9-950.
Presença de formação tumoral do tamanho de uma avelã implantado no bordo esquerdo da epligote e prega ariteno epiglótica do mesmo lado, depressível ao toque, de coloração esbranquiçada, sulcada de vasos, dando a impressão de um quisto mucoso, tem estudo radiográfico e tomográfico. Retirado sob laringoscopia direta.

4) F.P. Fem. 48 anos, F. 20.064, em 22-2-951
Formação cística ao nível da prega glosso epiglótica, lado esquerdo, face lingual da epiglote, do tamanho de uma uva. Não se submeteu a intervenção.

5) A. de S.F. Jr. Masc. 54 anos part. 2-6-951
Cisto englobando o bordo livre da epiglote e desenvolvido para as suas faces. Radiografias e tomografias. Operando sob laringoscopia direta.

"Epitélio estratificado, sem alterações suspeitas de malignidade revestindo finos eixos conjuntivos vasculares". A) A. Fialho

- Dr. Aristides Mosteiro fez, a convite do Prof. Carlos de Moraes, conferencia sobre "Tumores benignos do laringe", na sociedade de otorrinolaringologia da Bahia, em 3 de Outubro de 1952. Referiu-se o Prof. Aristides Monteiro a 260 casos de tumores benignos do laringe (por ele observados serviços do Prof. João Marinho no hospital São Francisco de Assis, de 1923 a 1947, e no seu Serviço, no hospital do IAPTEC, de 1949 a 1952 e em sua clínica particular) sendo um de quisto localizado no terço anterior da corda vocal inferior direta (homem, de 28 anos de idade, examinado em 23 de Fevereiro de 1927, no Hospital São Francisco de Assis). O doente, que se queixava apenas de rouquidão iniciada há dois meses, foi por ele operado. O resultado do exame anátomo-patológico realizado pelo Prof. Magarino Torres foi: No corte, o fragmento é revestido pela mucosa que tem aspecto normal. No corion há em cada corte dois focos hemorrágicos, um dos quais, o mais volumoso, deve corresponder ao cisto referido no pedido do exame".

Tratava-se, provavelmente, de hematoma enquistado.

- DR. WALTER BENEVIDES examinou um doente que apresentava um quisto pediculado da face lingual da epiglote, possivelmente de origem glandular. O paciente não quis submeter-se a intervenção e nem fez a radiografia pedida. Tempos depois o doente voltou a consulta informando que o tumor se desprendera espontaneamente, tendo sido deglutido. O exame então procedido nada mais de anormal revelou.

- DR. FERNANDO LINHARES teve a oportunidade de examinar no seu serviço, na Policlínica do Rio de Janeiro, um doente que apresentava um quisto da região aritenóidea, do tamanho aproximado de uma avelã. O doente desapareceu do seu serviço, não possuindo por esse motivo documentação sobre o caso.

- DR. LUIZ GUIMARÃES, há anos, examinou um doente portador de quisto glandular da epiglote. O doente não quis se submeter a intervenção, na mais voltando a consulta.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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(*) Trabalho laureado pela Academia Nacional de Medicina, com o prêmio Eduardo de Moraes, em 1954.
(**) Livre-docente na Faculdade Nacional de Medicina e na Faculdade Fluminense de Medicina - Laureado com Medalha de louro pela Faculdade Nacional de Medicina - Chefe do Serviço de otorrinolaringologia do hospital Municipal Antônio Pedro, Niterói - Membro Titular da Academia Brasileira de Medicina Militar, do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e do American College of Surgeons.

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