Versão Inglês

Ano:  1984  Vol. 50   Ed. 2  - Abril - Junho - ()

Seção: Síntese

Páginas: 41 a 41

 

Juvenfe Otosclerosis

Autor(es): Roberto Martinho da Rocha

Juvenfe Otosclerosis, a 20 year study. Robinson, M..Ann. Otol. Rhinol & Laryng. 92:1983.

Muitos otologistas protelam o tratamento cirúrgico da otosclerose em jovens. 0 presente trabalho refere-se a 610 pacientes que manifestaram a doença antes dos 18 anos de idade.

A história nos revela que Guild examinou ossos temporais de 1.161 cadáveres, de várias idades, observando otosclerose em 10% dos casos. Abaixo de cinco anos de idade a incidência foi de 0,6% e, entre cinco e 18 anos, 4%. A maior freqüência ficou entre 30 e 50 anos.

Os primeiros sinais de surdez da otosclerose surgem entre a puberdade e os 30 anos, mas a -lesão responsável pela fixação do estribo certamente aparece muito antes e evolui lentamente.

Nos trabalhos sobre estapedectomia, a intervenção em crianças é raramente mencionada.

O artigo do Dr. Robinson, sobre pacientes com menos de 18 anos, mostra que a maioria desses casos tinha excelente reserva coclear. Observa que a reserva coclear diminui com o tempo de duração da surdez e é pior nos operados com mais de 18 anos.

Seu paciente mais jovem tinha cinco anos. 0 uso de broca foi menos freqüente entre os casos com menos de 18 anos.

Houve 100% de sucesso nos operados com menos de 18 anos, controlados após seis meses da cirurgia, e 93,6% nos acima dessa idade.

Redução do ganho auditivo após decorridos 20 anos só foi registrada em um paciente operado com menos de 18 anos de idade. Entre os únicos três reoperados, um tinha necrose da bigorna; outro, o fechamento secundário da janela e o terceiro tinha perfuração timpânica, que foi reparada por timpanoplastia.

Não houve perda coclear tardia nos jovens operados.

0 trabalho aponta, em conclusão, que a cirurgia nos jovens oferece menos risco de insucesso, não havendo, portanto, contraindicação da estapedectomia em crianças, sendo os resultados melhores do que nos operados depois de protelação.

Segundo o autor, não há vantagem para o paciente operar-se mais tarde pois não há dados que recomendem tal espera.

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