Vendladng tubos in middle ear, long-term observadon. Gundersen, T; Tonning, F.M. and Kveberg, K.H. Arch. Otolaryng., 110:783-784 (Dec.), 1984.
Autor(es): Roberto Maninho da Rocha
Os autores são professores universitários na Noruega. Publicaram matéria com o mesmo título em 1976, sobre 100 crianças, de um a 14 anos, com otite média serosa. O tratamento foi miringotomia com "carretel". Os pacientes foram acompanhados desde àquela época, permitindo avaliação dos resultados.
Hoje a aplicação de "carretel" é o tipo de tratamento cirúrgico mais freqüente do médico otologista. Não há trabalhos que informem do atendimento, a longo prazo, de otite média serosa antes da introdução desse tipo de tratamento.
Os tubos colocados foram rejeitados entre três e 18 meses. Por vezes houve obstrução que não foi resolvida com tubo em posição, requerendo sua retirada e recolocação.
Os tubos não eliminam a disfunção tubária responsável pela otite, mas substituem o mecanismo da tuba, o qual costuma melhorar com a idade, na medida em que se desenvolve a musculatura tubária.
Os resultados observados no trabalho de 1976, comprovados com o acompanhamento dos pacientes, revelam que em cerca de 80% dos casos houve recuperação normal da audição, apesar da permanente cicatriz na membrana timpünica e formação de aderências cicatricisis. Nos demais 20% houve hipoacusia de 25 a 60 dB especialmente porque evoluíram para otite média crônica, inclusive colesteatoma em 5%.
Concluem pela relativa precariedade do emprego dos tubos de arejamento diante da percentagem elevada de seqüelas e recomendam, como alternativa, o treinamento dos pacientes na execução da manobra de Valsalva, inclusive para aceleração do desenvolvimento da musculatura tubária.