Versão Inglês

Ano:  1985  Vol. 51   Ed. 1  - Abril - Junho - ()

Seção: Síntese

Páginas: 42 a 42

 

LARYNGOMALACIA

Autor(es): Roberto Martinho da Rocha

LARYNGOMALACIA. Lane, R.W.; Weider, D.J.; Steinem, C and Marin-Padilla, M. - Arch. Otolaryng., 110:546-551, 1984.

Laringomalácia é descrita como estridor inspiratório presente desde o nascimento ou no período perinatal. O estridor aumenta nos primeiros meses de vida da criança e depois começa a desaparecer espontaneamente.

Laringomalácia é apenas uma das muitas causas de estridor infantil, assim como doenças sistêmicas, traumatismo de parto, lesões do sistema nervoso central e anormalidades locais da laringe.

O termo laringomalácia foi usado pela primeira vez por Jackson, em 1942. Hoje é a denominação corrente para referir a falta de consistência do arcabouço cartilaginoso da laringe, o que confere ao órgão moleza e colapso inspiratório. O ruído não corresponde a dispnéia, nem outro desconforto evidente. A maioria das crianças ficam livres do sintoma com dois anos de idade.

O estridor é inspiratório em todos os casos. Raramente é também expiratório, porém jamais é apenas expiratórió. Tudo que aumente a respiração, incluindo o choro, alimentação, agitação ou outra atividade, agrava o estridor. Em alguns casos há retração abdominal, intercostal, supraclavicular e infraclavicular, mas a cianose é excepcionalmente observada.

O diagnóstico se baseia na história e no exame físico. Deve-se recorrer aos Rx de tórax e de laringe, sendo fundamental a laringoscopia direta. Na introdução do laringoscópio, ao serem pressionadas a epiglote e as pregas ariepiglóticas, passa o ruído. Caso contrário é preciso examinar a subglote. O emprego da laringoscopia com fibra ótica, por via nasal, tem a vantagem de mostrar a laringe na sua posição natural.

Os autores lembram que a laringomalácia tende à cura espontânea e recomendam tratamento cuidadoso dessas crianças no- decurso de infecções respiratórias até maturação e consolidação do arcabouço laríngeo. Relatam um caso grave em que foi necessária cirurgia, mediante aritenoidectomia parcial bilateral e amputação das bordas laterais da epiglote, sem o que teria sido preciso recorrer à traqueotomia para manter a vida.

Imprimir:

BJORL

 

 

 

 

Voltar Voltar      Topo Topo

 

GN1
All rights reserved - 1933 / 2024 © - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial