Versão Inglês

Ano:  1934  Vol. 2   Ed. 5  - Setembro - Outubro - ()

Seção: Revista das Revistas

Páginas: 426 a 450

 

REVISTA DAS REVISTAS - parte 1

Autor(es): Annals of Otology, Rhinology and Laryngology
Junho - 1934
(U. S. A)

O. H. MOWRER e PRINCETON - Analise sobre os efeitos da rotação corporal reiterada, principalmente sob o ponto de vista de uma possivel peiora do equilibrio estatico - Pg. 367.

Investigações anteriores demonstraram que o nistagmo vestibular oriundo da rotação corporal pode ser reduzido por veses, virtualmente abolido por meio da repetição da prova.

Os resultados das experiencias, que são citados, demonstram que essa redução do nistagmo não acompanha nem depende de qualquer perturbação ou lesão dos receptores vestibulares.

Convem acentuar, entretanto, que a ausência total ou parcial dessa resposta não pode ser considerada como prova inequívoca de doença vestibular.

Em vista das experiências citadas, terem evidenciado que os reflexos vestibulares ligados á manutenção do equilíbrio estático não são controlados pela rotação corporal reiterada, parece provável que os seus efeitos limitam-se a diminuir a duração do nistagmo ( e a vivacidade dos fenômenos subjetivos dependentes do nistagmo).

Sugerem finalmente que a redução do nistagmo post-rotacional pode ser dependente da maior ou menor modificação introduzida no estimulo inicial ou na fase refratoria de alguns dos neuronios, compreendendo o chamado mecanismo de descarga tardia, do qual parece ser dependente a persistencia do nistagmo vestibular após a parada do estimulo atual.

EDMUND PRINCE FOWLER - Efeito das doenças graves sobre a audição. Pg. 387.

Os testes audiometricos de doentes com arterio-esclerose avançada, tomados por condução aerea ou ossea mostraram na grande maioria dos casos um embotamento agravado pela frequencia e pela edade.

Muitas pessôas edosas, mesmo com arterio-esclerose grave, possuem audição normal por terem sido poupados os vasos do ouvido interno ou dos centros.

Em pessoas acima de 50 anos, a diminuição da acuidade auditiva reflete um aparelho cardio-vascular doente, especialmente pela arterio-esclerose, maxime se forem eliminadas outras causas de surdez.

O autor atribue maior valor aos testes de condução ossea, tendo ocasião de controlar algumas vezes os achados clinicos pela autopsia. A esclerose arteriolar é mais vezes encontrada no meato auditivo interno, sendo lesões dominantes degeneração das celulas ganglionares e nas fibras terminais na lamina espiral.

O teste audiometrico na surdez dos arterio-esclerosos póde ser usado como meio auxiliar na avaliação da marcha progressiva da doença cardio-vascular.

GEORGE M. COATES, MATTHEW S. ERSNER e ABRAM H. PÉRSKY - Trombose do seio lateral - Revisão da literatura Pg. 419.

Estudando a trombose do seio, põem em relevo o seguinte: 1.º) Anatomicamente o seio direito é maior do que o esquerdo. Um deles pode estar ausente. O esquerdo pode estar
estreitado, a ponto de dificultar a ligadura ou outro qualquer processo cirúrgico. Deve-se ter sempre em vista o perigo da interferencia da circulação colateral.

2.º) Uma sintomatologia apica pode ser atribuida á anomalias na estrutura do seio, comprometimento bulbar, como trombose bulbar primaria, comprometimento do seio petreo e outos e, finalmente, infecção pelo estreptococo mucosus capsulado ou outros.

3.º) Os exames de sangue, inclusive o hemograma de Schilling e contagem globular são valiosos auxiliares do diagnostico, mas especialmente do prognostico.

4.º) O teste Ayer-Tobey é de grande valia mas só deve ser usado em conjunto com outros.

5.º) Como terapeutica, ligadura da veia jugular com extirpação do seio infectado, transfusões pequenas e repetidas, uso endovenoso de acriflavina neutra, metaphen, mercuriocromo, sôro antiestreptococico polivalente e sôro antiescarlatinoso de Dick.

6.º) Abcessos metastaticos para os planos perifericos refletem, de ordinario, bom prognostico.

Concluem:

1) observaram 1.4 % de trombose do seio lateral.

2) A mortalidade foi de 14,3 %.

3) O microorganismo dominante foi o estreptococo hemolitico.

4) As complicações sombream a gravidade do caso, principalmente se surgem, para o lado das meninges ou do cerebro.

FRANK A. BURTON - Identificação da angina agranulocitica latente em otorinolaringologia. Pg. 472.

A molestia parece ser uma doença de medico. Entre 12 casos estudados, 2 eram medicos, 9 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, Dentre os casos fatais, tres abusavam do alcool. A angina agranulocitica é uma manifestação de granulopenia, quando os polinucleares baixam de
4 %, havendo no inicio relativo aumento de linfocitos.

Os ensinamentos da literatura aconselham acurados exames de sangue, nos casos suspeitos, bem como uma união de vistas entre o otorinolaringologista, o dentista e o internista tanto no identificar as lesões septicas como afim de evitar delongas no ataque terapêutico.

FREDERICK LEMERE - Inervação do laringe - Analise da lei de Semon. Pg. 525.

A lei de Semon estabelece que a função de abdução da glote oferece uma tendencia maior á doenças do que a função de adução.

A explicação do fenomeno é que ha uma diferença biologica, anatomica e fisiologica entre os centros nervosos, nervos e musculos pertencentes ás duas funções.

Os adutores são mais fortes e mais resistentes ao trauma. Os musculos abdutores da glote contêm mais granulos lipoides e são mais suscetiveis ao trauma e ao eter do que os musculos adutores.

Os estudos ontogeneticos e filogeneticos demonstraram que a função abdutora desenvolve-se posteriormente e é secundaria á adutora. Uma paralisia completa dos recorrentes provoca uma posição das cordas vocais em adução parcial, alem da perda de abdução.

As cordas podem estar em qualquer posição, desde a cadaverica á mediana, dependendo do gráu de tensão dos musculos cricotiroideos, não paralizados.

O musculo inter-cricotiroideo contribue tambem para a adução da corda paralisada, do lado da paralisia recorrenciál. O bloqueio do ramo externo do nervo laringeo superior com novocaina ou alcool, relaxa o musculo cricotiroideo e alivia parcialmente a dispnea que acompanha a paralisia recorrencial completa.

W. E. VANDEVERE - Ação do electrocauterio no tratamento da tuberculose do laringe. Pg. 572.

Praticamente, a tuberculose do laringe é uma complicação constante da tuberculose pulmonar.

As lesões tuberculosas cicatrizam por meio do deposito de sais calcareos nas arcas necrosadas e pelo aumento de tecido fibroso que se desenvolve a custa das celulas fixas do tecido conjuntivo e, provavelmente, pela transformação de celulas epitelioides em fibroblastos. Esse processo curativo é facilitado graças a um incremento da circulação sanguinea.

O repouso é importante em todos os casos de tuberculose da laringe. O cauterio eletrico é usado em todas as ulceras tuberculosas e infiltrações que não cedem ao repouso.

O cauterio eletrico cura não pela destruição de todo tecido tuberculoso, mas pela criação de uma zona inflamatoria rica em vasos e fibroblastros neoformados.

Os casos recentes cedem com o tratamento cauterizante. Nos antigos ha sedação da dôr.

A' cauterização eletrica deverá ser feita sob anestesia local e pelo metodo indireto.

MEYER SOLIS - COHEN - Porque frequentemente os otolaringologistas omitem a remoção dos focos de infecção. Pg. 586.

A razão do insucesso no combate ás infecções está em que muitas vezes, o clinico dirige a sua atenção exclusivamente para as zonas doentes, limitando-se á abertura, exerese ou limpesa dos fócos, desprezando completamente os germens que possam estar impregnando os tecidos adjacentes.

A cura só se processará se fôr oferecido complementarmente um combate ás toxinas endogenas e exogonas produzidas pelos germens, por meio do estimulo provocado pelas autovacinas.

Essa autovacina será preparada com material retirado das fossas nasais, seios maxilares, amigdalas, ou fossas tonsilares, naso faringe, e deverá conter exo e endotoxinas.

O seu emprego deverá obedecer, por isso, a grandes cautelas, assegurando, a eliminação do foco primario da infecção e o desaparecimento dos fenomenos toxemicos.

Dr. Rebelo Neto.

Archivos of Otolaryngology
Volume 19. N.º 5. Maio 1934
(U. S. A.)

LOUIS KLEINFELD (New York) - Mioblastoma do laringe. Pg. 551.

Os mioblastomas são tumores que pódem aparecer em qualquer parte do corpo, sempre em relação com a musculatura estriadas. São compostos de mioblastos, que são celulas ancestrais dos musculos estriados. Apesar de ser em geral considerado raro, é um tumor já encontrado mais de cincoenta vezes desde que Abrikosoff descreveu o primeiro ha sete anos. São compostos de dois tipos de celulas: uma celula poligonal com citoplasma granular e uma celula sincicial que lembra o musculo embrionario primitivo. Alguns destes tumores, principalmente aqueles que envolvem as cordas vocais mostram com frequencia uma hiperplasia simulando carcinoma. Diferem dos xantomas, microscopicamente, pela ausencia de gordura. Aparecem em qualquer edade da vida, mas em geral nas pessoas de meia edade. Têm uma predileção para as vias aereas e tracto digestivo. Clinicamente são benignos; só ha um caso da literatura, que se tornou maligno.

A observação do A. diz respeito a um homem de 50 anos que se queixava de rouquidão havia dois anos, sintoma acompanhado de dispnea e sincopes. O exame do laringe revelava uma massa branca nodular, de l cm de diâmetro, inserido na corda vocal esquerda. Não havia ganglios.

O paciente foi operado; não diz o A. si houve recidiva; acredita o mesmo, que se trata de um tumor bem mais freqüente ao que se pensa, porque mesmo em relação ao seu caso, houve diferença de opinião no tocante á interpretação histologica.

J. MAYBAUM e J. DRUSS - Ganglionite geniculada. (iSndroma de Hunt). Pg. 574

A inflamação do gânglio geniculado, análoga á inflamação das raízes posteriores do herpes zoster, como foi demonstrado por Hunt, produz uma série de sinais característicos e sintomas. Há uma dôr profunda no ouvido e na região da mastoide, herpes do pavilhão e do conduto auditivo externo, e, não raramente, quando a inflamação ultrapassa os limites do ganglio geniculado, envolvendo as fibras motoras do facial, aparece paralisia homolateral do facial. O envolvimento do nervo acustico acarreta tinitus, hipoacusia, vertigem, nauseas e vomitos.

Na observação, trata-se de um homem de 51 anos, admitido ao hospital por ter pertubações olfativas. Para melhorar esta condição, foi feita uma lavagem do seio maxilar. Esta lavagem foi seguida de dôr e inflamação em redor do olho e dois dias mais tarde paralisia parcial do facial do mesmo lado e finalmente surdez do lado em questão. Sob tratamento, a paralisia facial e deficit de audição melhoraram ligeiramente, mas tres dias depois o doente aparece com inflamação e dôr na garganta, impedindo a deglutição. Ao mesmo tempo, apareceram dôres na região sacra, além de um rubor inflamatorio na perna. Na sua anamnese, ha a notar á notar a diminuição da acuidade auditiva no lado esquerdo, havia um ano e meio; nada mais de interesse. Na ocasião do exame, teme o aspeto de um doente cronico; conjunctivas injetadas e edemaciadas. Todo o lado direito da cabeça está inflamado. O faringe apresenta um corrimento mucopurulento; laringe inflamado e edematoso. Figado palpavel, quatro dedos abaixo do bordo costal; baço ligeiramente palpavel. Paresia facial do lado direito, com diminuição das sensações gustativas nos dois terços anteriores da lingua do mesmo lado. Engorgitamento de veias nos fundos oculares. Ambos ouvidos medios normais.

O doente veio a falecer tres meses depois e a autopsia revelou, além de uma multiplicidade de lesões nos rins, testiculos, coração e arterias mesentericas, uma notavel desintegração das celulas do ganglio geniculado, cuja descrição histologica, se segue no artigo, sem ser possivel um resumo.

Hunt divide as manifestações clinicas deste sindrome, em quatro grupos: A. Herpes oticus. B. Herpes oticus com paralisia do facial, C. Herpes - oticus com paralisia do facial e hiposcusia. D. Herpes oticus com paralisia do facial e sindrome de Menière.

HENRY PERLMAN (Chicago) - Grandula tiroide lingual. Pg. 594.

A localisação aberrante da tiroide na lingua, é uma aberração das mais raras. E' um fato em geral descoberto por acaso. Os sintomas locais, quando presentes, são de um tumor benigno da base da lingua. Alguns pacientes queixam-se de obstrucção, podendo produzir mesmo dificuldade respiratorias. Já tem sido constatado tambem, hemorragia de algum vaso grande que cruze o tumor. Desde que Hickman acusou o primeiro caso, a literatura já cita 130 observação de tiroides aberrantes. O presente artigo contem duas deste genero.

HARRY ROSENWASSER - Rutura de ganglios cervicais supurados dentro do conduto auditivo externo. Pg. 610.

Passa o A. em revista a literatura do assunto, faz uma serie de considerações de ordem anatomica, e relata quatro observações de casos que teve ocasião de observar. Diz ele que os casos são da maior importancia, tanto para o pediatra como para o otologista. Em todos os casos de empastamento agudo de ganglios cervicais anteriores em crianças muito novas, associado com o corrimento do conduto auditivo, a possibilidade de que o corrimento provenha de um dos gânglios precisa sempre estar em foco. Na experiência do A., o tratamento conservador das glândulas dá os melhores resultados. O artigo contem a descrição de quatro observações. As vezes, a pressão sobre o gânglio afectado faz aparecer pus no conduto ; um fato que deve chamar a atenção é a integridade do tímpano.

LOUIS KLEINFELD (New York) - Cistos laringeos no receninascido. Pg. 590.

Os cistos do laringe são considerados muito raros no recemnascido, a-pesar-de que possam passar desapercebidos em muitos casos. A literatura só conta quinze, sendo que sete foram achados de autopsia.

A etiologia destes cistos, é um tanto obscura; em geral são mais anomalias congenitas de que cistos de retenção. Têm geralmente uma parede fina e contem um liquido leitoso. Comumente apresentam uma larga base na região da abertura do laringe, frequentemente na prega ariepiglotica, caso no qual obstruem tanto o laringe como a fossa piriforme.

Como sintomas apresentam dispnea, cianose, alterações da voz e disfagia.

Como diagnostico diferencial, temos que ter em conta colapso congenito do laringe, papiloma do laringe, corpo estranho, como mucosidade aspirada, atelectasia, hipertrofia do timus e patente foramen oval. Pode-se usar a laringoscopia, os raios X e a auscultação.

O tratamento consiste na excisão do cisto, em posição de Trendlenburgo e aspiração. Em casos necessarios, a tirotomia.

E. W. HAGENS - Anatomia e patologia do osso petroso. Pg. 556.

E' um assunto, que tem interessado muito nestes ultimos anos, a patologia da piramide do rochedo. Entre os estudiosos deste capitulo temos que citar Druss, Friesner, Kopetzky, Almour, Eagleton, Frenkner, Profant, Glick, Mac Mahon, Lillie, Lawson e outros. O estudo presente, compreende observações baseadas em cincoenta temporais. Faz um apanhado anatomo-histologico, para depois passar á parte de patologia que encerra a descrição de cinco autopsias.

Em seguida a uma serie de considerações, impossivel de resumir porque acompanham cada um dos relatorios, pergunta o A. quanta inflamação do rochedo pode passar sem diagnostico. Dos cinco cadaveres examinados, a morte nem sempre dependeu de complicações otogenicas; mas fato é que em tres deles, era manifesta a invasão do rochedo por parte da supuração da caixa do timpana.

Verificou Hagens, que a anatomia do osso petroso é eminentemente variavel quanto á pneumatisação; aproximadamente 34 % tinham espaços pneumatisados na ponta. Nas otites medias agudas supuradas e nas otites medias cronicas simples, é possível encontrar inefcção associada do osso petroso, dependendo do gráo da extensão da pneumatisação. Muitas vezes, a petrosite é clinicamente indiagnosticavel.

Dr. Francisco Hartung.

Archives of Otolaryngology
Volume 19. N.º 6; Junho 1934.
(U. S. A.)

M. MYERSON, H. RUBIN e J. GILBERT - Progresso da tecnica cirurgica em supurações cirúrgica em supurações do apice do rochedo. Pg. 699.

Antes de descrever a tecnica, que os AA. propõem para a cirurgia da piramide do rochedo, fazem eles um resumo dos processos de Kopetsky-Almour e de Eagleton. Na operação dos primeiros a piramide é atingida, dando-se a volta em redor do labirinto, quer dizer que ela requer uma radical preparatoria. Na tecnica de Eagleton, começa-se por remover dois pontos de reparo até alcançar a fossa media em relação com a piramide petrosa; os pontos de reparo Eagleton chama de contrafortes. Depois, ele leva a exposição da face anterior da piramide até atingir o apice; quanto á face posterior ele expõe até alcançar o conduto auditivo interno, depois de ter retirado o saco endolinfatico. Tambem a tecnica de Eagleton exige preliminarmente uma radical.

Na tecnica preconisada pelos AA., além da incisão classica da mastoidite, faz-se um prolongamento para cima, prolongamento que começa no limite da inserção superior do pavilhão. Uma larga secção da escama do temporal é então removida, tendo por limites em baixo e anteriormente o zigoma, e posteriormente o joelho do seio sigmoide. A area removida tem aproximadamente 4 cm. Adicionalmente remove-se o tegmen da mastoide e parte do tegmen timpani, de modo a mostrar a proeminencia do canal semicircular superior. Levanta-se então o lobo temporal ao longo do bordo superior da piramide. Encontra-se alguma resistencia ao longo deste bordo, desde a proeminencia do canal semicircular superior até a margem interna do conduto auditivo interno; aí a resistencia diminue. Ao mesmo tempo este ponto marca o começo da area apica. Encontra-se na superfície anterior, quando se vai de fora para dentro, uma elevação, depois uma depressão, depois uma segunda elevação e, finalmente uma segunda depressão. Estes acidentes correspondem aos seguintes detalhes: a primeira elevação corresponde á eminencia do canal semicircular superior; a primeira depressão á area entre este canal e o bordo externo do meato auditivo interno; posteriormente esta depressão corresponde á região da fossa subarcuata e anteriormente ela marca o começo do nervo grande petroso superficial, quando ele deixa o joelho do facial; a segunda elevação corresponde ao labio superior e ao tecto do conduto auditivo interno; a segunda depressão ao apice petroso. Tudo o que está colocado internamente ao conduto auditivo interno, constitue o apice petroso. As elevações e depressões mencionadas, aparecem a vista quando se levanta o lobo temporal. Quando a elevação procedida já vae até o conduto auditivo interno, póde-se vêr anteriormente e posteriormente a arteria meningea media, emergindo do foramen spinosum. Uma linha dirigida directamente para traz, partindo do foramen spinosum, passa atravez do labio superior do conduto auditivo interno. Isto é uma relação constante e serve para assegurar ao operador de que está entrando no apice do rochedo, durante a operação. O grande nervo petroso superficial, póde ser visto anteriormente na primeira depressão e correndo paralelamente ao grande eixo da piramide petrosa. A terceira divisão do quinto par, póde ser vista na dura, 2mm. para dentro do foramen spinosum.

Esta tecnica indicada pelos AA., é o resultado de estudo em: mais de duzentos ossos petrosos e de uma revisão completa da literatura. Foi aplicada no vivo já por duas vezes.

LOUIS CLERF (Filadelfia) - Carcinoma do laringe.

Depois de insistir sobre a necessidade de diagnostico precoce dos tumores do laringe, o A. faz um resumo de 58 casos por ele operados, nos quais foi aplicada a tecnica de laringofissura de Cehvalier Jackson. A tiroide é serrada na linha mediana, ou dividida com o auxilio de tezouras, dependendo do gráu de ossificação da cartilagem. Os tecidos moles suportados pela cartilagem, são removidos por dissecção supericondrica. Uma ou ambas cordas vocais, uma parte ou uma inteira cartilagem aritenoide e uma parte da falsa corda são removidos, de acôrdo com a extensão da lesão. Os tecidos subgloticos correspondentes são comumente removidos e, si ha uma extensão subglotica dos tecidos cricotiroideos abaixo da cartilagem cricoide, esta tambem é removida. Parte da cartilagem tiroide deve tambem ser removida quando ha separação acidental do pericondrio externo. Em casos de envolvimento da cartilagem tiroide por contiguidade, deve ser feita a laringectomia. Dos 58 casos operados, 5 morreram de complicações postoperatorias; 6 morreram de molestias intercurrentes. Em 8 houve recidiva do cancer no laringe, ganglios regionais tomados ou a zona circunvisinha; destes ultimos, 7 morreram; no outro foi feito laringectomia e vive ha mais de tres anos. Não ha noticias de 4. Os outros 35 continuam a viver no instante, presente, livre de recurrencia do cancer, todos operados ha mais de tres anos, sendo que 18 já ha mais de 5 anos.

A taxa de mortalidade é 18,6%.

HENRY JOHNSON (Portland) - Temperatura post-mastoidectornia. Estudo de 100 casos. Pg. 661.

E' bastante interessante este estudo estatistico. Refere-se a uma serie de cem casos operados no Maine General Hospital Clinic, obedecendo os comentarios ao criterio seguinte:

1. Efeito imediato na temperatura produzido pela operação.

2. Variações de temperatura depois da operação em casos,sem complicação.

3. Duração da febre nestes casos, sem complicação, procurando determinar o dia da
maxima.

4. Determinação do inicio e de começo das temperaturas pouco comuns.

5. Variações de temperatura nos casos com complicações.

6. Efeitos produzidos sobre a temperatura, como resultado de tratamento, nos casos com complicações.

Resumem-se assim as suas conclusões:

I. De 6 até 12 horas depois da operação 66 %, dos casos tiveram diminuição de temperatura, enquanto que 28 % tiveram aumento.

II. Entre 12 e 24 horas depois de operados, 86% deles aumentaram a sua temperatura, enquanto que 8 % apresentaram um decrescimo.

III. Em 6 % deles a temperatura era normal durante a operação e assim conservou-se durante toda a convalescença.

IV. 60 % desses casos não apresentavam complicações; em 4 % havia complicações de origem otitica antes da mastoidectomia, e em 36% o houve complicações depois do ato cirurgico.

V. A medida do periodo febril foi de 5 dias nos casos não complicados, em 80% dos quais a maior elevação de temperatura ocorreu durante as primeiras 24 horas post-operatorias.

VI. Não foi assunto de especial referencia, o modo de se comportar a temperatura quando havia complicações preoperatorias.

VIL. Nos 36 casos de complicações post-operatorias, apenas 4 eram de carater serio.

VIII. A elevação de temperatura foi o primeiro sinal clinico da existencia de complicação em mais de 86 % dos casos.

IX. Ocorreram 2 mortes nesta serie.
O estudo do elemento febre, é o que mais mereceu atenção, por parte do A. Depois de afirmar que, febre, sem outro sintoma não é razão para apreensões, cita o A. os casos nos quais a temperatura já não é mais por conta da mastoide operada, quer dizer em relação com o trauma cirurgico. Tais foram: otite media e mastoidite no lado oposto, infecção da ferida operatoria, adenites cervicais, infecções do tracto respiratorio, infecções do seio lateral, infecções dos rins, sarampo e abcesso pelvico. Nesta serie, o unico caso de meningite que houve, o doente já dela era portador antes do ato cirurgico.

JOSEPH DRUSS (New York) - Labirintite e trombose do seio consequentes á supuração do ouvido medio. Pg. 671.

A combinação de labirintite e trombose do seio complicando supurações do ouvido medio é muito mais frequente de que se pensa. De V casos de labirintite estudados histologicamente pelo A, 2 apresentavam esta combinação.

A Labirintite e a trombose pódem ser independente uma da outra, cada uma das entidades morbidas sendo causada por caminhos diferentes, mas quando uma delas é causa da segunda, em geral a trombose é secundaria á labirintite; entretanto, o inverso pode tambem ser verdade.

As vias mais comuns do labirinto para o seio sigmoide, são o sacco endolinfatico e as veias labirinticas. Estas são vias naturais. Pódem haver tambem vias neoformadas, patologicas: erosão da capsula labirintica por uma fistula, atravez do canal semicircular, geralmente o posterior.

O A. descreve dois casos desta ordem, nos quais houve esta associação de condições morbidas e onde a autopsia revelou a presença da fistula.

Dr. Francisco Hartung.

The Laryngoscope
Vol. XLIII, nº 9, Setembro 1933
(U. S. A)

LORE, J. - Considerações práticas a respeito da anatomia do laringe. Pg. 693.

Nada de novo para o especialista.

JACKSON, CHEVALIER L. - Etiologia e tratamento da úlcera laríngea de contacto - Pg. 718.

A úlcera de contacto foi descrita pela primeira vez por Chevalier Jackson em 1928. Em 40 anos observara o mesmo um total de 217 casos desta lesão. Definiu Chevalier Jackson a lesão como numa úlcera superficial de um ou dos dois lados da parte posterior do laringe, úlcera que, pela formação, entra em contacto com a idêntica do lado oposto, na lesão bi-lateral, ou com a região correspondente, no caso da lesão unilateral. O termo úlcera de contacto fica estrictamente reservado para as lesões benignas não tuberculosas. As úlceras podem, todavia, tornar-se cancerosas, do mesmo modo que podem apresentar-se em um laringe com lesões francamente tuberculosas.

O conhecimento da patologia da úlcera de contacto tem se baseado até agora no exame clínico e no histológico. Recentemente, porém, uma contribuição muito importante a seu estudo foi trazida por Peroni, de Milão. Seu trabalho, a ser publicado brevemente, baseia-se na observação de dois casos de úlcera de contacto, encontradas em necroscopias.

Passa o A. a estudar a etiologia da lesão. Os fatores etiológicos capitais são o abuso da voz, o fumo, o álcool, etc. Dêles o de mais vulto é indubitavelmente o primeiro.

O tratamento tem como elemento primordial o repouso. Como há quási sempre necrose do vértice do processo vocal da aritenóide, o repouso não poderá ser de menos de 6 a 8 meses.

Deve-se evitar toda e qualquer aplicação cáustica. O tecido hiperplástico deve ser curetado com a máxima delicadeza, sob laringoscopia direta, e o material obtido enviado ao anátomo-patologista.

KERNAN, J. D. - Diagnóstico diferencial das doenças do laringe. Pg. 721.

O estudo de Kernan não deve ser lido pelos principiantes. O A. é tão duramente exato, pinta com tal rigor as dificuldades do diagnóstico em laringologia, que destrói por completo as doces ilusões dos que não têm certo tirocínio, para os quais tudo é fácil e simples. O artigo por isso mesmo é de grande alcance para, o especialista graduado que encontra diariamente grandes óbices ao diagnóstico laringológico.

Os conselhos de Kernan são preciosos. Diz êle, por exemplo: Não se espere encontrar resposta á questão diagnóstica de uma afecção laríngea sómente no laringe. Ela será encontrada no exame do organismo. Em outras palavras, é necessário ser primeiro um bom clínico, para se poder esperar ser um bom laringologista. Com o descobrimento da laringoscopia, parecia tudo resolvido. Se o indivíduo era rouco, vendo-se o órgão sabia-se logo o porque desta rouquidão. A lógica havia forçosamente de nos levar a êste raciocínio. Mas os laringologistas bem sabem que o raciocínio embora lógico está muito aquem da verdade.

Admitamos que se nos apresente um paciente de meia idade a queixar-se de rouquidão, surgida já há certo tempo. O exame mostra um pequeno tumor numa das cordas. O diagnóstico não pode ser feito só pelas aparências. Há 20 anos atraz Sir Felix Semion observou três casos de lesões laríngeas de tal modo idênticos, que não havia quem as diferenciasse pelo simples exame. No entanto, uma era tuberculosa, uma cancerosa e a terceira sifilítica.

Ataca o A. a questão do exame anátomo-patológico. Grandes autoridades são contra êle, por acharem que a retirada de um fragmento não raro aumenta a energia destruidora do blastoma. Hoje em dia está um tanto modificado tal modo de pensar, diante do sistema geralmente adotado de estabelecer gradação para os tumores. Ora esta gradação só pode ser conhecida mediante o exame histológica. Ela é que indica com certa segurança o prognóstico do caso, e sua terapêutica. Ela é que serve de fundamento ao radioterapêuta para formular o tratamento do caso, estabelecendo as bases do prognóstico.

Kernan refere três casos de carcinoma dos brônquoios, observados em crianças de menos de 15 anos. O exame histológico mostrou que os tumores eram de-fato carcinomatosos, mas clinicamente eles não se comportaram como tumores malignos. Dois desapareceram com o tratamento diatérmico, e o terceiro está até hoje (faz isso 12 anos) no pulmão do paciente; êste goza de saúde e nada sente. Lembra o caso de Harrington de um carcinoma papilar do laringe em criança, demonstrado pela anatomia-patológica. Considerado o caso gravíssimo pelo tipo do tumor, um mês depois da retirada simples a cicatrização era completa, a a cura perdurou. O mesmo autor refere um caso de carcinoma num velho de 70 anos, em que o tumor, diagnosticado pela histologia, evolucionou durante 12 anos.

Tudo isso vem mostrar que, embora se cerque o especialista de todos os exames e meios semióticos existentes, o diagnóstico não raro é sumamente difícil.

HURD, LEE M. - Diatermia médica e cirúrgica em oto-rino-laringologia - Pg. 730.

Estudo geral das aplicações da diatermia e da diatermo-coagulação na especialidade. Nada apresenta de novo para o especialista.

FELDMAN, M. - Paralisia unilateral da face, do véu e do laringe. Caso para diagnóstico. Pg. 740.

Um menino de 14 anos apresentou-se ao hospital declarando estar rouco havia 2 semanas. Uma semana depois começou a regurgitar pelo nariz os liquidos ingeridos, e na véspera de consultar Feldman apareceu paralisia facial. Todos os exames ficaram em branco. Pela anamnese viu-se que o menino já tivera sarampo e por duas vezes parotidite epidêmica. Não havia história de outra qualquer doença, inclusive difteria.

O A. depois de curta divagação, admite a possibilidade de tratar-se de um caso frusto de poliomielite anterior.

(N. do Analista - Não fica o leitor suficientemente esclarecido, no caso, como começou a doença. Não diz ainda o A . de quando data o último ataque da parotidite. Nada informa a respeito do estado das amígdalas. Estes dados permitiriam atribuir a lesão a uma angina diftérica frusta, absolutamente despercebida pela família e pelo paciente. Casos dêstes com lesões nervosas graves curadas pela soroterapia anti-diftérica têm sido registrados. A parotidite epidêmica pode tambem determinar lesões desta natureza).

PAGE, C. G. - Dor de garganta epidêmica - Pg. 742.

A primeira epidemia de dor de garganta (septic sore throat) assinalada nos Estados Unidos data de 1911. O ataque súbito, a infiltração e a hiperemia das amígdalas e das paredes da farnige, grande prostração, a tendência a reincidir, o pulso lento, a temperatura irregular, formam o quadro clínico da afecção. Ela se acompanha não raro de peritonite mortal. Apresenta igualmente índice letal elevado nas pessoas de certa idade, o que a torna uma entidade mórbida de certa gravidade.

Em 1912 verificou-se a epidemia de Chicago com 10.000 casos. Já então se atribuia o mal a uma infecção veiculada pelo leite. Nêste mesmo ano, isolou David Davis da garganta de doentes um estreptococo com certas características especiais, ao qual deu o nome de streptococcus epidemicus. Anna Williams verificou que as tais características não têm valor integral. Trata-se apenas de um estreptoco hemolítíco.

Pilot, estudando êste germe, encontrou-o em 13 % das amígdalas de 281 doentes. O A. fêz culturas com o material das amígdalas de 200 pacientes, mas não encontrou nenhuma vez colónias dotadas das características atribuídas ao epidemicus.

Está demonstrado que o vector é o leite. Os métodos de pastorização mal feitos são responsáveis pelos surtos epidêmicos.

SEIBERLING, J. D. - Ensinando a amigdalectomia Pg. 748.

Citações e lições de moral, sem o menor interesse prático; sem nenhuma contribuição nova, destinadas ao especialista incipiente.

GREENFIELD, S. D. - Tromboflebite do seio lateral com extensão ao lagar de Hierófilo. Observações de dois casos operados e curados. Pg. 751.

Dois casos muito bem documentados de lesões óticas seguidas de septico-pioemia e tromboflebite externa do seio lateral. Em ambos a operação foi feita três vezes porque no 10 dia da intervenção, voltaram a se manifestar os sinais de infecção sanguinea.

LEWIS, E. R. - Dor de cabeça, retração do tímpano e formação de vácuo. Pg. 763.

O A. começa por dizer que foi admitido por anos em Viena que o processo crônico adesivo tem início no útero, quando o mesênquima do espaço tuba-timpânico é invadido por elementos da ectoderme embrionária destinados a formar o epitélio dêste espaço. As aderências lineares casuais formadas entre êstes elementos desenvolver-se-hiam em cordões transtimpânicos, que perdem gradualmente a elasticidade e sofrem alterações secundárias reconhecidas como processos adesivos crônicos.

Associado intimamente com êste problema, vamos encontrar a formação do vácuo. Certas retrações do tímpano têm sido atribuidas ao vasio no espaço tubo-timpânico, como certas cefaleias ao vácuo no interior dos seios, partindo-se do princípio de que a inflamação, a perturbação do arejamento e a absorção do ar causam formação de vácuo no interior destas cavidades.

O A. procura mostrar que tudo isso é falso. Para que haja formação do vasio é essencial: 1) parede limitantes rígidas; 2) mecanismo de evacuação; 3) energias suficientes a movê-lo. Ora, nenhuma destas exigências fundamentais existe nas estruturas nasais e óticas nas condições naturais de saúde ou de doença. O A. discorre amplamente sôbre o assunto; terminando por dizer que estas ideias não satisfazem; mas não apresenta outras.

WEIL, A. I. e W OMACK, D. R. - Rinorreia cérebro-espinha. Pg. 767.

Relatam os AA. êste caso, porque estão plenamente convencidos de ser a rinorreia cérebro-espinhal muito mais comum do que os casos publicados indicam.

Em um estudo sumário mostram que, com esta sua última observação (a 3ª de um dos A.A.), chega a 73 o total dos casos publicados.

Em geral a perda de liquor pelas fossas nasais é consecutiva a alguma intervenção. Há, porém, casos em que a rinorreia era espontânea.

A observação relatada não pôde chegar ao termino, porque o paciente morreu sob os cuidados de outro médico, e a necroscopia não foi feita. O mais curioso do caso é que a paciente
fôra operada de uma sinusite esfenoidal esquerda, e só 6 anos depois é que se manifestou o corrimento. O exame revelou a presença de uma massa escura, mole, que não se alterava em nenhuma posição, mesmo na de Trendlenburg, e que os A.A. reputaram ser, a-pesar-de tudo, uma hérnia do cérebro.

A rinorreia era abundante e continua. A doente perdia cêrca de 10 gótas de líquido por minuto. O laboratório provou tratar-se, de líquido céfalo-raqueano.

Dr. P. Mangabeira Albernaz.

The Laryngoscope
Vol. XLIII, N.º10, Outubro 1933. (U. S. A.)

ATKINS, R. T. - Sintomatologia e diagnóstico da mastoidite aguda Pg. 777.

Trabalho geral muito incompleto e sem nada de novo.

LAW, F. W. - Meios de diagnóstico na mastoidite aguda: raios X. Pg. 784.

A radiografia da mastoide pode ser de auxilio na mastoidite, aguda sob dois pontos de vista: o anatômico e o patológico. O valor da prova está em relação direta com a freqüência de seu emprêgo e a confiança na interpretação.

Antes de qualquer interpretação, devemos procurar obter chapas tão perfeitas quanto possível. Uma chapa sem nitidez é pior do que inútil; conduz a êrros.

Uma chapa perfeita é a em que tôdas as minúcias ósseas se acham claramente definidas e nitidamente delineadas. Isto exige um foco fino e imobilidade absoluta do paciente.

O diafragma de Potter-Bucky não deve ser empregado. As razões de não ser aconselhável o seu uso exigem explicações que êste trabalho não comporta, diz o A.

Uma vez obtida uma chapa ou uma série delas, que partido poderá tirar, o cirurgião dêste meio semiótico?

Primeiro, e, supõe Law, acima de tudo, o conhecimento da anatomia. O tamanho da extensão- das células, o tipo das paredes, se delgadas, se já espessadas por processos anteriores. A espessura das paredes determina a possibilidade de retardamento da intervenção, ou a necessidade de operar de urgência.

A mastóide é muito pneumatizada ou acelular? Se acelular, é porque as células não se desenvolveram ou é esclerosa? Qual a posição do seio lateral em relação a parede posterior do conduto? Qual a situação da veia emissária?

O tegmen é alto ou baixo, espesso ou delgado? Há pneumatização na ponta do rochedo? Há qualquer suspeita de destruição da ponta?

Depois do estudo da anatomia, devemos considerar as manifestações patológicas, e para isso tem que se prestar a maior atenção á qualidade das chapas.

É preciso muito cuidado com o grau de veu ou de opacidade da mastoide. Maior ainda na mudança de detalhe das trabéculas. Para interpretar corretamente estas alterações, a estéreo-radiografia é uma necessidade e não um luxo. Muitas vezes uma estéreo revela um caso cirúrgico, enquanto a chapa simples sugeria retardamento na intervenção.

Tais casos podem ser inteiramente mascarados pelo mais leve movimento da cabeça. Isto significa que a cabeça deve estar bem fixada. Muitos radiologistas não fixam a cabeça durante a tiragem da chapa. No entanto, mesmo numa exposição de 1/2 segundo há tempo de sobra para o paciente mover a cabeça.

Para terminar reduz Law o diagnóstico a uma fórmula matemática. Tomando X como o auxilio diagnostico, T como a técnica, I como a interpretação, e C como os sinais clínicos, temos X = T X T, formula que o A. aconselha a nunca ser esquecida.
C

EGGSTON, A. A. - Meios de diagnóstico na mastoidite aguda: Laboratório. Pg. 788.

O estudo de Eggston oferece uma série de dados muito curiosos a respeito da ação do analista no diagnóstico das mastoidites. As infecções agudas da mastóide são em geral determinadas pelo estreptococo piogênico hemolítico ou pelo mucoso capsulado. O A. estranha que sejam êles os agentes infecciosos comuns. Não é possível saber quais sejam elas, mas deve haver razões físicas por parte destas bactérias que lhes permitam ligar-se ás células da mastóide. Os estreptococos não hemolíticòs são raros no ouvido, e ainda mais na torrente circulatória.

O exame de urina, mórmente a pesquiza da glicose, é de máxima importancia porque não raro se observam mastoidites em diabéticos. Aliás o exame de urina não pode provar por si só se o paciente é ou não diabético. Um paciente pode ter uma taxa elevada de açucar no sangue, e não haver nenhum na urina.

A contagem de glóbulos sanguíneos é usada como em outras doenças sépticas.

Tem muita importância a relação entre o número total de leucócitos e o número de polinucleares. 70 % de polis em 10.000 leucócitos, mostram ou resistência normal ou infecção de média intensidade; mas 80 a 90 % de polis para o mesmo número de leucócitos, já indicam resistência orgânica deficiente ou infecção muito grave. A criança, pelo contrário, não reage com os polis, mas com os linfócitos.

A hemo-cultura é provavelmente o método de laboratório mais importante a seguir nas complicações das mastoidites. As vezes é de grande utilidade fazê-la antes e depois da mastoidectomia. Uma bacteremia em seguida a mastoidite é quási sempre devida a trombose séptica do seio lateral, contanto que se possa eliminar a hipótese de pneumonia ou de endocardite.

O exame do liquor não é inocente como se diz, mas pode ser valioso. Se predominam os polis, trata-se de processo agudo; se seu número decái e aumenta o de mononucleares, o processo meníngeo está se localizando, com provável formação de abcesso.

Casos em que o líquido se mostra francamente turvo e com numerosas bactérias são casos sem esperança. Nada do que temos feito curou um simples caso de meningite purulenta.

JONES, MARVIN F. - Diagnóstico diferencial na mastoidite P. 793

A furunculose é dentre as afecções óticas a que mais freqüentemente se presta a confunsão com a mastoidite, e pode ser a de diagnóstico mais difícil. Já viu o A. dois casos de mastoides normais operadas por êrro diagnóstico. Em ambos os casos se tratava de furunculose. Num dos casos o operador foi o próprio A.; no outro, teve a oportunidade de assistir a operação.

Estabelece o A. 2 quadros com os sintomas e sinais semióticos mais evidentes das duas afecções. Apesar disso, o êrro pode ser inevitavel. Mesmo a radiografia não resolve muitas vezes o problema, embora seja o elemento semiológico mais seguro.

ALMOUR, R. - A evolução da célula da ponta da mastóide como sistema celular a parte do resto das células mastóideas, a sua significação. (Nota prévia). Pg. 797.

Neste pequeno estudo, Almour apresenta uma contribuição de valor incalculavel para a anatomia da mastóide. Verificou êste A. que a asserção clássica de ser o antro o ponto a que chegam, em sua totalidade, as células da mastóide, não é exata. Se ressecarmos num temporal fresco a cortical externa do osso e pelo conduto injetarmos água, veremos que esta irá encher tôdas as células. Mas se removermos a parede externa do ático, uma vez o epitímpano e o adito descobertos, obturarmos com cêra ou gesso a abertura do antro, a água agora injectada irá encher apenas as células da ponta.

Secado o osso e injetado um soluto corante, poderemos, fazendo uma ressecção cuidadosa, verificar que o conduto que levou o liquido á ponta corre por baixo do facial, e vem se abrir na orelha média, na parte mais interna da junção das paredes posterior e inferior da caixa.

Almour estudou o fato em 24 temporais frescos bem pneumatizados, e em todos êles encontrou êste conduto.

Tem a existencia dêste canal grande importância patológica, pois nos mostra que a infecção pode passar da orelha média á mastóide sem partir do antro. Explica ainda a sensibilidade da ponta nas otites médias. Explica igualmente o encontro freqüênte nas radiografias de células intactas da região do antro e em tôda a mastóide; com sensibilidade inexplicável da ponta. Vem ainda justificar o encontro comum na mesa operatória, de empiemas isolados das células da ponta, com integridade dos demais espaços pneumáticos.

Daí também se conclue que nêstes casos, a terapêutica pode cingir-se á drenagem da ponta, exposição das células peribulbares e abertura do antro secundário, sem exanteração completa do resto das células.

ERSNER, M. E. e MYERS, D. - Contribuição á interpretação de complicações endocranianas resultantes de distúrbios circulatórios venosos do temporal e do buraco jugular. Pg. 800.

E' fato sobejamente conhecido que os disturbios venosos otogênicos alteram a pressão endocraniana. Algumas perturbações são devidas primitivamente a anomalias do seio lateral e do buraco jugular. Tiveram por isso os A.A. a ideia de estudar radiograficamente êstes dois elementos, inteiramente descurados no estudo radiográfico da mastóide e do temporal.

Verdade é que já certos autores dão valor inestimável á localização do seio lateral. Os A.A. não concordam com isso. O que vale é saber-se o calibre atual ou se possível anterior do seio, e não sua relação com o antro.

O trabalho, muito interessante e muito bem documentado, não se presta a resumo. As próprias conclusões dos A. A. tiram a impressão de originalidade do estudo.

RODIN, O. - Pelagra. Manifestações bucais e laríngeas. Pg. 819.

Resumo do que se sabe acêrca desta estranha afecção atribuida hoje a uma disvitaminose (vitamina G).

Discussão sôbre as manifestações bucais. A língua perde o epitélio, apresentando-se rubra e inflamada. Veem-se fissuras irregulares, tanto na parte mediana, como nas bordas. A verdadeira língua sem revestimento, a língua em carne viva,(beefy tongue).

O A. relata um caso em que o mal, como é de regra, começou pela boca. O diagnóstico ficou em suspenso até quando apareceram as lesões cutâneas.

DANISH, H. - Pênfigo de início larìngeo. Pg. 823.

Observação de um caso de pênfigo, cuja lesão inicial manifestou-se no laringe. Digressão sôbre a dificuldade do diagnóstico e referência a outros casos do mal, cuja lesão inicial apareceu no laringe ou na faringe.

GILBERT, J. G. - Trombose do seio cavernoso de origem otitica. Pg. 825.

Observação de um caso verificado numa mulher de 43 anos, a sofrer de otite média supurada havia 5 meses. A paciente foi operada em más condições e faleceu.

O A. acentua a relativa raridade da etiologia.

BROWDER, E. J. - Furúnculo do nariz, flebite da veia oftálmica, operação de trombose do seio cavernoso, cura. Pg. 829.

O título diz tudo.

RUBIN, H. - Lesão por bala do conduto auditivo direito; hematoma do veu e do espaço ptérigo-maxilar; traqueotomia e ligadura da carótida primitiva; cura. Pg. 831.

Nêste curioso caso, é digno de reparo o hematoma do véu, a aumentar lentamente, pondo a vida do paciente em perigo pela asfixia que determinava. O A. fêz a traqueotomia e ligou a carótida. Apesar da supuração intensa do ouvido, o paciente salvou-se da possível, e quási sempre fatal, infecção secundária.

SILVERBERG, J. S. - Abcesso periamigdálico; abcesso retrofarìngeo; osteomielite da base; abcesso extra-dural e morte. Pg. 835.

Observação fora do comum, sobretudo pela sucessão das lesões. Não se fica, porém, suficientemente esclarecido sôbre se o abcesso foi uma conseqüência da osteíte, ou se esta é que foi consecutiva áquele, embora o A. dê a entender que admite a 2ª hipótese.

HOCHBAUM, W. J. - Angina de Ludwig. Pg. 838.

O A. relata um caso atípico de fleimão da faringe. Segundo a necroscopia demonstrou, havia um abcesso do tamanho de uma avelã, a uma polegada e meia para traz da amígdála esquerda.

O A. reputa êste caso como de angina de Ludwig de origem amigdálica. A angina de Ludwig é, porém, um fleimão do soalho da bôca, e portanto o título do artigo não corresponde á lesão encontrada.

MIYERSON, M.C. - Efeitos alimentares e bioquimicos em otolaringologia. Pg. 840.

O A. insiste na relação entre o colorido da mucosa nasal, sobretudo do septo, e sua relação com a alimentação. Distingue, com Jarvis, dois síndromos: o do septo vermelho e do pálido. O primeiro indica excesso de alimentos produtores de ácidos; o 2º, de produtores de álcalis. Acentua o A. o tipo do efeito do abuso de hidratos de carbono, que se manifesta por proliferação do tecido linfóide.

DUN,N L. S. - Etmoidite; formas e tratamento. Pg. 848.

Estudo geral da inflamação das células do etmóide. Nada de novo.

Dr. P. Mangabeira Albernaz.

The Journal of Laryngology and Otology
Junho e Julho de 1934
(Londres)

K. W. MACKENZIE - Abcessos do cerebro. Pg. 357

Na certeza de que nenhum oto-rino-laringologista possa apoiar-se sobre observações numerosas de abcessos do cerebro, o A. pensa que todas as observações, por pequena que seja seu numero, devem ser comunicadas afim de que sejam beneficiados os nossos conhecimentos. A serie que apresenta dá 75 % de curas. O tratamento, em seus casos, não foi rigorosamente clássico e o autor aconselha uma operação nem tardia nem muito precoce, mas que seja praticada a tempo para que se desenvolvam as defesas naturais, tanto gerais quanto locais. O A. pensa que a drenagem através de uma brecha larga, á trefina, tem mais probabilidades favoraveis aos doentes, que quando praticada através da mastoide só. Sua tecnica é descrita.

CLIVE M. EADIE - (Melbourne) - Notas sobre um caso de supuração na celula da Crista Galli. Pg. 375.

O A. chama a atenção para a celula que pode existir na Crista Galli e que, como as demais cavidades anexas do nariz pode supurar. Refere-se á varios achados de autopsia neste sentido e apresenta radiografias de Cristas Galli normais e patologicas. Descreve um caso interessantíssimo de supuração de uma celula existente na Crista Galli e que foi operada com sucesso em uma paciente que havia sido operada de todas as cavidades acessorias do nariz.

J. H. DOUGLAS WEBSTER .(Londres) - O metodo de Coutard no tratamento do cancer do laringe. Pg. 429.

O A. chama os metodos até agora usados no tratamento dos canceres do laringe e os critica, sob diferentes faces, concluindo, pela bondade do metodo de Coutard, de que descreve a tecnica com minucia, menciona estatisticas, explica o porque de sua ação benéfica e pensa que nova era, no tratamento destes terriveis tumores, começa a esboçar-se para felicidade dos que sofrem. O trabalho merece ser lido.

D. W. ASHCROFT e C. S. HAI.LPIKE - Sobre a função do saculo. Pg. 450.

Os AA. referem-se ao conhecido sobre a fisiologia do saculo, de que distinguem 4 periodos, a começar pela teoria de Breuer-Mach e Crum-Brown, que confirma o movimento da endolinfa como principio da função causal até o momento em que Versteegh e outros autores retomam a idéa de Magnus. Empregaram a eletro-fisiologia nos trabalhos experimentais que fizeram para estudar o problema nas rãs. Por uma micro-tecnica especial em combinação com um sistema amplificador e um oscilografo de catodo, conseguiram constatar correntes de ação no nervo do saculo da rã. Estas correntes aparecem em consequencia de irritações vibratorias. A frequencia destas irritações é exatamente reproduzïda até o numero minimo de 500 r.

Os AA. concluem: "O saculo da rã deve ser considerado como um orgão sensivel á vibração. Estes resultados confirmam os estudos de Tait, que acredita que o saculo humano goza um papel na percepção auditiva por via ossea."

M. O. R.

Archiv für Ohren-Nasen und Kehlkopfheilkunde
Vol. 136 - Caderno 3 - Setembro 1933
(Alemanha)

A. MINKOVSKY e E. G. MICHLIN (Leningrad) - Distrofia experimental das vias aereas superiores. Pg. 177.

Os AA., por meio de uma mascara especial, amarrada sobre a cobaia, obrigaram o animal a respirar numa atmosfera carregada de fumaça de tabaco, e estudaram o efeito do fumo sobre as vias aereas superiores. Observaram que a ação intensa do irritante (grandes doses), em periodo relativamente curto, produz a reabsorpção das cartilagens dos cornetos nasais, degeneração intensa do epitelio que os reveste, obliteração dos vasos sanguineos, substituição de glandulas das cartilagens e, em parte, do tecido osseo por tecido conjuntivo, assim como mudanças degenerativas das cartilagens do laringe. A traquéa parece mais resistente e não se apresentava tão afetada. Nas cobaias que haviam recebido doses menores de tabaco durante um periodo mais longo, só foram observados estados iniciais de degeneração das cartilagens nasais e laringeas e as perturbações do epitelio que as revestia eram mais superficiais que as do outro grupo. As modificações epiteliais e glandulares não eram paralelas ás das cartilagens, porém nos casos de grau elevado de degeneração das cartilagens o epitelio mostrava-se severamente deformado e substituido por epitelio corneificado espumoso. Nas cobaias que haviam recebido doses minimas, em um periodo longo, as lesões epiteliais e glandulares eram moderadas, assim como atrofia vascular tinha inicio, com nasofaringe, laringe e traquéa intactas.

O grau de atrofia depender da dose maxima diaria do irritante.

GEORG KELEMEN (Budapest) - Sobre a origem da ulcera perfurante do septo nasal. Pg.242.

O A. refere-se a um achado que fez durante uma resecção do septo em uma mulher de 64 anos de idade que, concomitantemente, sofria de uma supuração dos seios da face. Encontrou na parte anterior do septo cartilaginoso uma parte bem limitada, do tamanho de uma lentilha, colorida em amarelo, cujo exame histologico, além de capacidade de coloração diminuida, mostrou perturbações que se referiam a diminuição de elementos bem constituidos em comparação com as partes sãs envolventes, e ainda, substituição dos mesmos por substancias homogeneas onde manchas de capsula cartilaginosa ainda se apresentavam conservadas.

O A. considera estas lesões como sendo de necrose em inicio onde deduz que nas ulceras perfurantes, o processo, de necrose tem inicio na cartilagem, de forma isolada, sem, a principio, apresentar lesão alguma nas partes moles que a recobre. Confirmando este fato fala a cura, sem defeito algum, post-operatorio da incisão para a intervenção no septo nasal.

DR. SIEGFRIED UNTERBERGER (Iena) - Determinação quantitativa da função labirintica pelo post-nistagmo rotatorio total e sua significação na otite interna, particularmente nas formas de função ainda conservada. Pg. 248.

O A. diz que a observação de um nistagmo, de sua força e direção deve indicar uma descomposição, mas não informa sobre a excitabilidade atual do labirinto em questão. Isto tanto é verdade para o nistagmo post-rotatorio quanto para o calorico. Porque a excitabilidade atual do labirinto não pode ser julgada pelo nistagmo post-rotatorio obtido no labirinto em questão, ou pela relação entre as reações dos nistagmos post-rotatorios entre ambos, mas póde ser determinada pelo valor do nistagmo post-rotatorio total, que será obtido pela adição de dois valores do nistagmo post- rotatorio. Isto é possivel devido a que os valores do nistagmo post-rotatorio total não dependem do nistagmo, isto é, da aparencia de descompensação ou compensação.

O A. determinou o nistagmo post-rotatorio total em um grande numero de individuos com labirintos normais ou doentes.

Valores abaixo de 30 segundos indicam uma perturbação grave do labirinto e acima de 60 segundos uma excitabilidade vestibular normal. Entre 30 e 40 segundos podem ser considerados como ligeiramente abaixada a função labirintica, porque eles não são, praticamente, encontrados nos individuos normais. Entre 40 e 60 segundos, devem ser tidos como normais ou praticamente normais, pois só são observados em tais pessôas.

Baseadas nestas determinações, importantes conclusões diagnosticas podem ser tiradas no que concerne ao grau de excitabilidade vestibular e perturbações da função labirintica. Os resultados das provas rotatorias eram, antigamente, interpretadas erroneamente, isto póde ser evitado para o futuro se tomar-se em consideração os valores do nistagmo post-rotatorio total que torna o diagnostico mais acurado e possivel. Este nistagmo é de especial valor na diferenciação das fórmas diversas de inflamação labirintica com preservação da função, não tanto quanto a seus tipos como quanto ao grau de lesão das funções do labirinto. O A. sugere o termo "labirintismo" para um grupo de casos caracterisados pela ausencia de fistula, manifestações leves de descompensação e valores do nistagmo total post-rotatorio, normais ou praticamente normais.

DR. SCHÖLINER (Magdeburg) - Uso de uma facha em torno da cabeça (lenço) para combater as dôres de cabeça nevralgiras. Pg. 267.

O A. obteve muito bons resultados nas dôres de cabeça de origem nevralgica, pela compressão das áreas dolorosas. Para isto empregou uma facha tendo duas bolas salientes, que eram colocadas sobre os pontos dolorosos e atadas em seguida. A pressão era regulada de fórma a se usar dela um minimo util. A facha era aplicada de 5 á 20 minutos. Usou o metodo em 100 casos aí compreendidos: 12 casos de supuração dos seios nasais com nevralgia supra-orbitaria, 40 casos de catarro com nevralgia, 38 de nevralgia supra-orbitaria sem sinusite demonstravel, 9 de otites com nevralgias e 1 caso de dôr de dentes. As dôres de cabeça foram curadas em 53, melhoras após o tratamento foram obtidas em 39, em 4 negativos. O A., discutindo as causas das nevralgias, pensa que as dôres nevralgicas são produzidas pela estase circulatoria. A pressão, diminuindo a estase nos nervos melhora a dôr. Não se aplicar pressões fortes pois que determinaria compressão dolorosa do proprio nervo.

M. O. R.

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