Versão Inglês

Ano:  1934  Vol. 2   Ed. 2  - Março - Abril - ()

Seção: Revista das Revistas

Páginas: 138 a 161

 

REVISTA DAS REVISTAS - parte 1

Autor(es): The Journal of Laryngology and Otology
Fevereiro de 1934 - Vol. XLIX - N.º 2 (Londres)

F. H. B. NORRIE (Calcutá) - Notas sobre a diatermia cirurgica nos ouvidos, nariz e garganta. Pag. 73.

O autor, depois de descrever os aparelhos que comumente usa, entra em considerações sobre as diferentes especies de correntes, por eles produzidas e sobre o modo por que se utilisa de cada especie na diatermia cirurgica, especificando a tecnica empregada e os cuidados necessarios no manejo das correntes e do maquinario, afim de que não se queime o operador e sobretudo, o paciente.

As hemorragias nasais cessam imediatamente, quer pela coagulalação em parte afastada do lugar que sangra, quer pela fulguração, para a qual a extremidade do aparelho deve estar distante do coagulo, afim de que não se encendeie o sangue que possa prender á ponta do instrumento. Para as sinequias emprega a corrente, e tambem na destruição de cristas do septo. Nas hipertrofias dos cornetos médios e inferiores coagula por transfixação, assim, tambem, suas caudas quando necessario. Nos polipos nasais emprega o metodo de coagulação de seus pediculos. Não nos parece metodo eficiente, pois perde tempo com o paciente, dá os mesmos resultados que os outros metodos de irradicação e, como estes, está sujeito á hemorragias tardias (10 dias após), naturalmente devido a coagulação das arterias posteriores do nariz de calibre maior. A abertura do antro maxilar poderá ser feita ou pelo meato médio, que nos parece de pouco efeito no que se refere á drenagem, assim como perigoso pela aproximação da zona orbitaria, ou pelo meato inferior. Não é mais que Mikulitz feito pela eletrocoagulação.

As vantagens mencionadas peio autor, a não utilisação da anestesia geral, a hospitalisação desnecessaria, a ausencia de hemorragia, a não existencia de uma ferida bucal a curar-se, o afastamento da possibilidade de serem lesados os dentes, não são vantagens reais, pois que muitas delas existem tambem nos outros processos empregados na cura das sinusites maxilares. Entre nós nenhum especialista se lembrará, por exemplo, de empregar a anestesia geral a não ser em um ou outro caso de sinusite em criancinhas.

O autor cita as desvantagens decorrentes da quéda com supurações das crostas, que aumenta o pús e o máo cheiro. Refere-se á possibilidade de hemorragias posteriores com a quéda das crostas e com o assoar violento. Nos seios frontais emprega a diatermia para a remoção da cabeça dos cornetos médios e no alargamento dos canais naso-frontais, nestes, tambem, sem vantagens sobre a cirurgia normal. Para os seios esfenoidais, pratica uma abertura em suas paredes anteriores, afim de ser facilitada a drenagem. E' identico ao processo cirurgico sem sua visibilidade, que é perturbada pela fumaça no metodo diatermico, e sem nenhuma vantagem sobre ele. O proprio autor não acha facil a execução da tecnica que aconselha.

Na remoção das amigdalas aconselha o emprego da diatermia, que estará sujeita a paciencia do operador e do operado. «Não fazer muito numa secção e não haver pressa do paciente». As hemorragias não são evitadas e a quéda das crostas póde traze-las como consequencia. Todo tecido amigdaliano, em suas menores particulas, deve ser destruido. Emprega 2 metodos: o bipolar e o monopolar (corrente Oudin). No bipolar: a) - coagulação;
b) - fulguração e c) -fulguração e secção.

Tratamentos semanais ou cada 2 semanas de acordo com as reações dos doentes. Descreve a tecnica que será aplicada óra de um lado, óra do outro na segunda secção e assim em seguida começando pelo pólo superior. A tecnica e os cuidados decorrentes das reações produzidas pela ação da corrente diatermica, são por tal fórma desagradaveis, tanto ao paciente, quanto ao operador, que o emprego do metodo não merece ser aconselhado, sobretudo tendo-se em vista que os padecimentos do operado são grandemente aumentados pelo uso da diatermia cirurgica. Aplica-a, o autor, ainda, na extirpação da amigdala lingual, na secção da uvula, nas vegetações adenoides. O uso da diatermia cirurgica no territorio do ouvido, por exemplo, na remoção da parede externa do atico, nas perfurações marginais postero-superiores; ainda nos parece menos praticavel que a aplicada em qualquer outro territorio da especialidade; o proprio autor acha natural o espanto dos que lêm o conselho desta aplicação, embora tenha dela tirado bons resultados. Aliás, no que se refere á extirpação das amigdalas, o autor pensa que a diatermia deve ser utilisada sómente nos casos em que a dissecção fôr contra-indicada.

DAN MCKENZIE (Londres) - Erisipela e streptococus hemoliticus em sua relação com a oto-laringologia. Pag. 105

Dan Mackenzie depois de um estudo cuidadoso sobre o streptococus hemoliticus, seus habitos, sua origem e, com esta, suas transformações, afirma que uma erisipela poderá provir: 1) - de outro caso de erisipela; 2) - de uma infecção streptococica não erisipelatosa de outra pessoa; 3) - de uma infecção streptococica não erisipelatosa do proprio paciente. Isto quer dizer que uma infecção streptococica, nos territorios da especialidade, tanto póde causar o aparecimento de uma erisipela, quanto de uma scarlatina, ou otite média agúda; de sinusite agúda ou de uma faringo-amigdalite agúda. Erisipela; pois, indica a presença de uma epidemia a streptococus, mais ou menos difundida, ou mais ou menos latente.

Sintomatologicamente, as feridas sépticas são menos sujeitas a infecção que as limpas. A erisipela cirurgica é mais perigosa que a variedade espontanea, dependendo, porém, da qualidade da operação.

De nossas intervenções cirurgicas é a mastoidite agúda a que mais vezes se complica no decurso post-operatorio; vem, em seguida, as sinusites frontais por via externa; menos vezes as sinusites maxilares; a remoção das amigdalas, sobretudo no adulto em que os streptococus estão sempre presentes. As operações do septo são bastante sujeitas á complicações que, felizmente, quasi sempre, são tomadas como casos de resfriamentos. Depois que St. Clair-Thomson aconselhou o emprego do tamponamento com bismuto, estes fatos são menos frequentes.

Mackenzie aconselha, como tratamento da erisipela, o emprego do serum anti-streptococico escarlatinoso, 20 ccms. por dia, durante 3 a 4 dias. O serum polivalente não tem ação alguma. Localmente Raios X.

Profilaticamente: 1) - afastamento de todo fóco streptococico agúdo dos arredores do operado: guardas, médicos, assistentes, etc.; 2) - cuidado nas intervenções agúdas em que a virulencia microbiana pareça grande, incisões pequenas, suficientes á intervenção, de modo a ser exposto á infecção pouca superficie de tecido são, etc.

J W. LE HEUX, e A. DE KLEIJN (Leyden) - Influencia da extirpação unilateral do labirinto, em gatos, sobre os movimentos do aparelho lastro-intestinal. Pag. 125.

Os autores já haviam provado que a extirpação do labirinto, em gatos, produzia perturbações dos movimentos do canal gastrointestinal. A ação é maior para os movimentos e esvasiamento do estomago que para os do intestino delgado e menos, ainda, para o intestino grosso. Esta ação era passageira, sendo que ao cabo de 10, 12 dias, desaparecia com a normalisação dos movimentos.

A extirpação bilateral dos labirintos, ocasiona fenomenos muito mais intensos. Os autores, praticaram, mais tarde, uma serie de experiencias com o fim de determinar qual o arco reflexo associado a estas perturbações. Numa primeira serie fizeram uma vagotomia bilateral em gatos; e, depois que os animais curaram-se, os movimentos do aparelho gastro intestinal foram observados sob os raios X pelo metodo de Cannon. Mais tarde foi extirpado um dos labirintos e os movimentos examinados mais uma vez.

Uma segunda serie de experimentos foi feita com a diferença de que em vez de uma vagotomia foram secionados os nervos simpaticos do tubo gastro-intestinal. Os autores apresentam a curva dos movimentos gastro-intestinais em animais normais e após a destruição unilateral do labirinto, assim como uma outra retirada de animais após uma vagotomia bilateral e, em seguida, nos mesmos, de uma destruição unilateral do labirinto. Descrevem a tecnica seguida e as datas em que foram praticadas as intervenções. Da comparação destas curvas n.o 1 e 2, torna-se claro que depois da vagotomia bilateral, a ação da extirpação do labirinto sobre os movimentos gastro intestinais é quasi nula.

Para eliminarem a influencia da inervação simpatica sobre o tubo gastro intestinal, do estomago ao cecum, foram secionadas as fibras post-ganglionares, pelo metodo de Langley e Magnus. Os autores apresentam, em seguida, a curva dos resultados apresentados pelos animais, após a secção das fibras da inervação simpatica e nos mesmos animais; outra curva após a extirpação unilateral do labirinto. O estomago esvasiou-se, pela secção do simpatico, em pouco mais de 2 horas. Depois da extirpação do labirinto as condições mudaram completamente. A primeira sombra no cecum apareceu um pouco mais de 2 horas e meia depois, devido á secção; das fibras inhibidoras do simpatico, mas o estomago permaneceu cheio de alimentos por mais de 8 horas.

Concluem:

Após a extirpação do labirinto, em gatos, os reflexos que governam os movimentos do tubo gastro intestinal, passam em sua maior parte ou mesmo inteiramente, pelo vago. Si ambos os vagos forem cortados antes da extirpação, do labirinto, esta ultima intervenção não aumentará os disturbios dos movimentos do tubo gastrointestinal. A eliminação da inervação simpatica, do tractos intestinal, do estomago ao cecum, pela secção das fibras post-ganglionares em seu curso, não neutralisa a influencia da extirpação do labirinto.

M. O. R.

Revue de Bronchoscopie, Oesophagoscopie et Gastroscopie.
Vol. I. N.º 1 (Janeiro). 1934 (Paris)

PROF. P. CALICETI - A injeção bronquica como método terapeutico. (Aplicações e desenvolvimento) Pag. 3.

Esboço historico da questão.

O método diréto de tratamento bronquio-pulmonar pelas instilações possue base fisiologica desde que Cl. Bernard, Roger, Collin, Gratolet, Demarkin, etc. demonstraram a tolerancia e o poder de absorpção dos alveolos pulmonares para os liquidos. Cita inumeras pesquisas demonstrando a grande capacidade de absorpção da mucosa pulmonar. Estuda depois a questão da absorpção dos colóides citando Sternberg, que não admite a absorpção dos colóides na mucosa normal das vias respiratorias. Comenta depois os trabalhos de Giufrida e Spagnol que concluem que a mucosa pulmonar integra possue capacidade de absorpção das substancias coloidais. Cuida em seguida dos perigos e contra-indicações do método. As pesquisas experimentais e a observação clinica mostraram que, apesar de nos animais terem sido verificados com grande frequencia fenomenos reacionais bronquio-pulmonares, no homem só excepcionalmente tem sido registados fenomenos de intolerancia.

As substancias medicamentos as têm sido empregadas seguindo dois principios o da injeção fracionada ou instilação e o da injeção maciça.

Existem numerosos procéssos de introdução de medicamentos que podem se dividir em duas grandes classes conforme se adóta a via natural ou a transcutanea.

VIA NATURAL


Os métodos que seguem a via natural podem por sua vez se dividirem em processos supra-glótico e trans-glótico.

Método supra-glótico - O liquido é simplesmente levado a orofaringe acima do vestibulo laringeu. E' baseado na possibilidade de, na posição de extensão da cabeça, a lingua sendo puxada para fóra se obtem o fechamento do canal esofagiano, enquanto que ao mesmo tempo por uma inspiração profunda se abre o conduto laringo-traqueal.

Método trans-glótico ou traqueal - Consiste em injetar o medicamento diretamente na traquéia, através a glote sob controle do espelho laringoscópico. Nos métodos externos o liquido é introduzido; no canal aéreo por punção da membrana crico-tireoidéa. Analisa em seguida os inconvenientes do método: ferimento da parede posterior da traquéia, falsos trajétos com derrame do medicamento no espaço pre-traqueal. Consequentes a este processo já foram registrados glossite, hemoptise; enfisema sub-cutaneo, edema laringo-epiglótico, linfangite pre cervical e flegmão do pescoço provocando as vezes a morte. As infecções agudas podem se propagar ao trajeto da punção e formar um abcesso as vezes gangrenoso. O articulista adota a opinião da maioria dos autores que preferem a via trans-glótica para introdução de medicamentos na arvore traqueo-bronquica.


BRONCOSCOPOTERAPIA

Termo introduzido por Soulas e bem recebido pelo Autor. Por broncoscópoterapia entendem-se todas as manobras endo-bronquicas efetuadas através o broncoscópio para o tratamento das molestias traqueo-bronquicas e pulmonares. O principio geral da broncoscópoterapia consiste em praticar através o broncoscópio a desobsdrenagem da cavidade supurada, facilitar, e permitir a ventilação drenage mda cavidade supurada, facilitar e permitir a ventilação pulmonar e a introdução de medicamentos no foco de supuração.

Continua

D. T. BARRY, F. R. C. S. - Algumas considerações sobre os efeitos dos gases asfixiantes sobre as vias respiratorias. Pag. 21.

Neste artigo puramente experimental o Autor faz um estudo sistematico sobre a influencia dos gases asfixiantes nas terminações nervosas dos diferentes sectores das vias respiratorias.

As experiencias foram feitas sobre o cão e o coelho comparando os efeitos produzidos pelos gases quando inspirados pela via superior (nariz e laringe) e quando passam pela via inferior (traquéia ao nível dos 5.º e 6.º aneis). Relata em seguida suas experiencias chegando a algumas deduções interessantes.

A. SOULAS - Asma e traqueo-broncoscopia. Pag. 26.

De ha muito os broncoscopistas vêm se interessando pela asma. Os métodos diretos de tratamento caíram em descrédito devido a falta de descriminação das diversas dispnéias asmatiformes e ao optimismo com que eram esperados os resultados. O método endoscópico não deve ser considerado tratamento curativo da asma. O autor tratou 10 doentes e julga interessante o método de traqueobroncoscopia sob um duplo ponto de vista: no diagnostico e patogenia desta afecção; e no seu tratamento.

Como meio diagnostico a traqueo-broncoscopia descobre as vezes corpos estranhos cuja remoção traz a cura a um certo numero de asmaticos. A inspeção da traquéia e dos bronquios principais, fora das crises fornece alguns ensinamentos. Existe sempre hiperkinesia. Alem desta característica cinetica bronquica o A. verificou um certo gráu de hiperemia da mucosa.

Cuida em seguida dos resultados que se póde obter com o tratamento endo-traqueo-bronquico. Friza que todos os seus doentes haviam seguido toda gama de tratamentos classicos e só em estado desesperador é que recorreram a endoscopia.

Distingue duas grandes variedades de asma: asma pura essencial e a asma humida. Na forma humida as melhoras obtidas foram surpreendentes e o A. julga que a aspiração das secreções tenha contribuído para as melhoras. Mesmos resultados foram obtidos na asma essencial. Nos 10 casos foram registrados - 1 insucésso, 3 melhoras, 3 grandes melhoras e 3 melhoras surpreendentes.

Os bons resultados na asma humida poderiam ser devido a aspiração das secreções e a limpeza dos tubos aéreos. Este, entretanto não é o unico factor pois que na asma essencial os resultados não foram menos felizes.

O tratamento consiste em, após leve cocainisação do faringe, passar delicadamente o broncoscopio na traquéia e pincelar com soluto de coca-adrenalina; as vezes, posteriormente, foram empregados pinceladas com nitrato de prata a 2 %. O A. extende-se depois em uma serie de considerações teoricas visando explicar os benefícios do método.

J. TZETZU - Considerações sobre o tratamento diretoscópico dos diferentes tumores do laringe. Pag. 32.

O Autor viu muitos casos operados por laringoscopia indiréta com maus resultados-operação insuficiente ou sequelas graves, - tratavam-se de nodulos vocais, polipos das cordas, papilomas ou tumomores malignos. Reputa a laringoscopia indiréta difícil e mesmo perigosa para intervenções laringéas, responsabilisando-a por varios acidentes. Ha alguns anos pratica sistematicamente as intervenções endo-laringéas pela via laringoscopica direta, servindo-se do aparelho de Hasslinger. Descreve duas observações, uma de um polipo outra de pequeno tumor de natureza epiteliomatósa operados com sucesso pela via diréta.

J. N. ROY. - Alfinete de segurança aberto no estomago, subindo ao esofago. Esofagoscopia. Ablação. Pag. 35.

E' esta a segunda observação registrada na literatura medica. A primeira deve-se á Ch. Jackson. Um alfinete de segurança cai no estomago de moça de 17 anos e volta ao esofago onde é extraido por esofagoscopia; a ponta apresentava-se voltada para baixo. O A. tece algumas considerações sobre os corpos estranhos no estomago e fala da raridade de um corpo estranho estomacal passar ao esofago. Termina com algumas considerações sobre a conduta do especialista em tais casos.

BRATESCO V. e RACOVEANO V. - Sobre os corpos estranhos perfurantes do esofago. Pag. 39.

Observação muito interessante: um corpo estranho pontudo (fragmento de osso) perfurou o esofago e provocou um flegmão profundo que se esvasiou duas vezes pelo tubo esofagoscopico e que continuou provavelmente a se esvasiar pelo esofago, curando-se em alguns dias. Após a cura clinica o doente sentia sempre dor a pressão profunda na base do pescoço á direita. Radiografias descobriram um osso de 3 a 4 cm na parte antero-lateral direita da coluna vertebral, deante das vertebras 7.ª cervical e 1.ª e 2.ª dorsais. Levando em conta o bom estado do paciente e o difícil acesso á região, o A. ficou em expectativa. Dois mêses após novas radiografias mostraram corpo estranho no mesmo local porem menos nítido e nova esofagoscopia mostra cicatriz na parede esofagiana ao nível da antiga perfuração. Sete mêses depois novas radiografias nada revelam. O A. admite que o fragmento de osso tenha perfurádo o esofago e que sua migração para-esofagiana tenha sido determinada pelos esforços de deglutição e pela supuração; e acredita que o corpo estranho tenha sido absorvido lentamente explicando assim o seu desaparecimento.

P. JACQUES. - Corpo estranho ecepcional das vias aéreas. Pag. 45.

Corrente de relogio extraída da traquéia e bronquio direito de uma criança de cinco anos pela via oral, graças ao instrumental de Hasslinger com excelente resultado. Na obra de Ch. Jackson não vem mencionada corpo estranho desta variedade.

FERNANDO G. EEMAN - Corpo estranho duplo faringo-esofagiano. Pag. 48.

Alfinete de segurança e uma medalha encravado na entrada do esofago. O problema da extração foi facil; tempo operatorio 34 segundos. O A. louva calorosamente a atitude do medico assistente que radiografou o paciente e o enviou sem perda de tempo ao endoscopista, abstendo-se de manobras intempestivas.

A. SOULAS -Pequenos abcéssos do esofago consecutivos a corpos estranhos. Pag. 51.

Os pequenos abcéssos endo-esofagianos consecutivos a corpos estranhos, apesar de sua frequencia raramente tem sido estudados. Descreve duas observações: na primeira um pequeno corpo estranho produziu inflamação simples com edema localizado é o primeiro grau de infecção; na segunda observação existia um pequeno flegmão determinado por fragmento de osso de coelho.

Faz algumas considerações sobre o diagnostico de tais abcéssos e traça em linha gerais o tratamento de manobras perigosas, ensaios de extração digitais, vomitivos ou alimentação destinada a produzir migração. Dieta e repouso absoluto para colocar o paciente em melhores condições para esofagoscopia. Prescrever calmantes e serum sub-cutaneo ou por via retal si o caso exigir. Esofagoscopia prudente; si o corpo estranho desapareceu ou foi extraído o pequeno abcesso é facilmente aberto. Prescrever durante tres dias: pó de bismuto tres vezes por dia, poção beladonada com adrenalina, agua de Vals e tisanas.

Dr. Gabriel Porto.

Revue de Laryngologie, Otologie, Rhinologie
Vol. 54. N.º 5. Maio de 1933.

RAOUL AZEMAR - As bases anátomo-fisiológicas da inervação vaso-motriz do laringe. Pag. 545.

Resumo histórico da questão; seguido de longo estudo anatômico dos elementos simpáticos do laringe, cujas conexões com os órgãos vizinhos são revistas pelo A. Os capítulos finais referem-se ás partes histológica e fisiológica, compreendendo esta última o estudo experimental em animais (cão) e no homem (efeitos da simpatectomia sobre a circulação intra-laringes).

Azémar faz ressaltar a riqueza da inervação simpática e da vascularização do laringe. Além de abundantes, as artérias são dotadas de qualidades especiais (túnica média fortemente musculosa). Daí, a perfeição da regulação circulatória do laringe, para a qual tambem concorrem as redes capilares locais, graças á sua contractilidade e excitabilidade. Os capilares, entretanto, por sua constituição anatômica, não sofrem influência, como as artérias, dos nervos vaso-motores.

PEDRO ERRECART - Obstrução permanente do orifício faringeo da trompa de Eustáquio.Pag. 599.

O obstáculo ao arejamento da orelha média pode se localizar em pontos diferentes da trompa: orifício faríngeo que a lesão se verifica em mais de 95 % dos casos e, em tal circunstâncias, a obstrução tubária é passível de cura, o que nem sempre acontece quando as alterações se localizam nos outros pontos. Essa opinião (Samengo, Errecart) se opõe á de Kunc que considera todos esses casos incuráveis. Para o A., o fechamento permanente do orifício inferior da trompa por lesões de caráter cicatricial, hipertrófico, etc. pode facilmente, e sem exceção, ser eficazmente tratado.

Entre os métodos de exame da trompa salienta E. a radiografia com meio de contraste, a qual fornece noções de grande importância e a salpingoscopia -excelente meio de exploração, cujas vantagens são incontestes. A endoscopia, além das aplicações diagnosticas, serve para fins profiláticos e terapêuticos. Dos numerosos tipos de salpingoscópios, prefere os de Portmann e dê Wappler, cuja excelente iluminação, peso leve e fino calibre constitúem um progresso sobre os modelos anteriores.

Depois de considerações de ordem fisiológica, encara Errecart, rapidamente, o tratamento das rinopatias com obstrução nasal consecutiva e passa á técnica das intervenções no orifício faríngeo da trompa. Loco-anestesia e instrumental diatérmico de Samengo. O salpingoscópio é introduzido pela fossa nasal oposta. Na outra fossa, a sonda de Itard com mandril diatérmico monopolar, cujo comprimento pode ser graduado préviamente por meio de um indicador. O efeito diatermo-coagulante pode ser localizado em plena orla tubária, no meato ou na região geri-tubária. Nesse último caso (neoformação volumosas e benignas), emprega, como Samengo, o salpingoscópio bi-electródio. A intensidade da corrente varia de, 50 a 100 milli-ampères, sendo necessárias, em geral, 3 a 4 sessões operatórias, com intervalo de 15 dias.

O A. nunca observou os acidentes graves assinalados por Pierce com a electrólise (estenose secundária, otites. mastoidites, lesões da carótida interna). Ao contrário, os seus resultados têm sido sempre amplamente satisfatórios.

K. SZUMOWSKI - «Sobre a condutibilidade térmica das apófises mastóideas e sua utilidade nas mastoidites».Pag. 612.

Durante a mastoidite, o especialista muita vez hesita entre o tratamento médico e o cirúrgico, devido a dificuldades na apreciação dos sintomas clínicos. A prova de Zalewski, descrita em 1924, permite determinar o estado inflamatório da mastoide pela apreciação de sua condutibilidade térmica. Essa prova se executa no doente em decúbito, segundo a seguinte técnica: depois de se fixar, com ataduras, o aparelho de Leiter para irrigação fria sobre a mastoide, coloca-se no conduto o termômetro auditivo em ângulo, reto que se mantem com esparadrapo. Verificada a temperatura fixa do conduto, introduz-se pelo aparelho de Leiter, colocado a 1 metro de altura, agua fria a 8º. O resfriamento da mastoide termina quando a temperatura final do conduto se mantem, sem alteração, durante dez minutos ou quando começa a subir apesar da ação da agua fria. O índice da condutibilidade é a relação entre o tempo durante o qual a mastoide é assim esfriada e a quéda da temperatura do conduto.

Zalewski, depois de mais de 100 exames, observou que o índice, nos casos normais, em relação com o gráu de pneumatização, oscila entre 0'6 a 3'5. Nos casos de mastoidite, o índice pode atingir 3'5. Além de 4'0. haveria oportunidade cirúrgica. O mesmo autor, acompanhando a evolução de mastoidites, verificou que ao aumento do processo patológico correspondia peor condutibilidade

O A. procurando aperfeiçoar a prova do Prof. da Clinica de Lwów, executou-a 205 vezes, notando que a temperatura do corpo não tem influência sobre a condutibilidade do calor nas mastoides, desde que não se modifique no decurso do exame. Como tempo limite para o esfriamento da mastoide, julga S. suficientes 15 a 20 (Nas provas iniciais de Zalewski, era necessário, ás vezes, cerca de 1 hora!)

Para S. a prova é fácil de se executar, apesar de muitas precauções técnicas cuja observação deve ser perfeita. Corretamente realizada, ela dá indicações de grande valor, permitindo ao especialista escolher o momento oportuno para a intervenção cirúrgica.

O trabalho vem ilustrado com numerosos gráficos e tabelas referentes a casos normais, casos de mastoidites curados por tratamento médico e casos de mastoidite operados.

(Quer nos parecer que tal método jamais entrará na prática. Os sintomas clínicos, judiciosamente interpretados, e uma radiografia da mastoide, executada por um técnico afeito a tais exames, fornecem excelentes indicações sem necessidade de recorrer á prova de Zalewski, cuja simplicidade e comodidade não podem ser encomiadas e cuja eficiência ainda parece aguardar a confirmação de outros pesquisadores.)

Y. GUNS e LEROY - Ação vestibular de medicamentos vago-simpáticos injetados sob a pele. Pag. 650.

Os AA. fizeram experiências afim de verificar o efeito de alguns medicamentos para ou orto-simpáticos sobre os
C .S C.

O principal interesse desse estudo está no fato dos AA. se terem utilizado de indivíduos sãos, deixando de parte os animais de laboratório.

O labirinto posterior foi excitado consoante a seguinte técnica: 75 cc. de agua a 15º, durante 20 segundos, cabeça em posição I. Além da duração do nistágmo, foram tambem observados o desvio do indicador e o Romberg. Antes de qualquer injeção, foi verificada a média de duração do N. (1'50").

A atropina e a pilocarpina não modificaram a duração do N.

A pilocarpina e o D1.83 (medicamento das Usinas Merck, produto de uma nova classe do núcleo colínico) modifica os reflexos estáticos. Essa ação se traduziu pelo fato de que a quéda foi menos fácil que no indivíduo normal ou atropinizado.

A adrenalina parece diminuir a excitabilidade do vestíbulo, ao passo que a ergotamina a aumenta notóriamente.

Lembram G. e L. a possibilidade de estar sob a ação de um desses medicamentos um paciente destinado a exame do vestíbulo. Convem aguardar a eliminação da referida substância antes de interrogar os C. S. C. afim de evitar resultados errôneos.

J. DESPONS - Abcesso do cérebro póst-traumatico. Pag. 659.

Um operário sofreu acidente de automóvel e apresentou otorragia á esquerda acompanhada de epistaxe tambem á esquerda. Cessado o estado de choque, conservou surdez discreta e inflamação ligeira do tímpano esquerdo que, a pouco e pouco, regridem permitindo a alta do hospital.

Quasi 4 mêses depois; volta á consulta apresentando sintomatologia de abcesso cerebral que é confirmado e localizado por uma radiografia feliz (região têmporo-occipital esquerda). O doente, em sub-coma, foi operado por Despons: incisão crucial do couro, cabeludo, cujo centro corresponde á região têmporo-occipital indicada pela radiografia; trepanação a goiva e exposição da dura que se apresenta muito tensa e sangrenta; punção e retirada de um liquido cor de chocolate, pouco purulento e ligeiramente fétido; drenagem. Sequências felizes; o paciente melhorando progressivamente até a cura definitiva. A cultura do material colhido foi positiva para estáfilococo.

O A. comenta a patogenia deste abcesso cerebral, tão afastado do foco ótico. A etiologia, o aspecto hemático do pús, sem a fétidez habitual do abcesso encefálico, permitem supor que o foco purulento tenha provindo de um hematoma cerebral. A otite, embora passageira, foi a via de infecção que favoreceu a localização dos germes microbianos na zona hemorrágica.

A história do doente que foi acompanhado durante todo o transcorrer da complicação, apresenta-se muito instrutiva e de acôrdo com a patogenia lembrada pelo A.

Dr. Guedes de Mélo Filho.

Revue de Laryngologie, Otologie, Rhinologie
Vol. 54. N.º 6, Junho de 1933

DELMAS - MARSALET - Estudos experimentais sobre os fenômenos de disharmonia vestibular nas lesões do sistema nervoso central. Pag. 681.

O Prof. Barré demonstrou que certas lesões cerebelares alteram a síndrome vestiblaur normal em alguns de seus elementos,dando como resultado o que ele chamou de síndrome vestibular disharmônica. A verificação de tal disharmonia tem um interesse prático porquanto conduz á suspeita de lesão cerebelar ou da fossa posterior.

D. M. procurou observar si essas noções se confirmavam no terreno experimental, provocando lesões puras no cerebelo do cão em pontos limitados e estudando as reações labirínticas consecutivas.

A conclusão geral é que as reações vestibulares supõem, além da integridade do nervo vestibular, a de certas partes do sistema nervoso central, como o cerebelo, lobo frontal e ainda de outras partes. A alteração desses órgãos não suprime a reação vestibular, mas modifica alguns de seus elementos, dando uma reação que merece o nome de disharmônica, segundo a feliz expressão de Barré.

O estudo sistemático das reações vestibulares nas lesões nervosas centrais poderá talvez fornecer novos meios de exploração de certas partes do cérebro. No que respeita ao lobo frontal, o A. já mostrou que, no homem; certas lesões traumáticas dessa região apresentam modificações vestibulares comparáveis ás obtidas no domínio experimental.

PREDESCU - RION - Etiologia da Ozena. Pag. 693.

O capítulo mais importante da ozena é a da sua etiologia.

O A. faz uma boa revisão do assunto, mencionando as opiniões dos principais autores e comentando-as de acôrdo com a sua observação.

Como fator predisponente, P. R. dá maior importancia á tuberculose do que á sífile. A teoria endocrínica, segundo a experiencia do A., é insustentável.

O tratamento cirúrgico (estreitamento das fossas) não dá resultados, a afecção retomando a sua marcha depois de um período, que varia de seis a vinte mêses.

MOUNIER - KUHN e P. EUVRAD - A sífile da mastoide e da região mastóidea. Pag. 734.

Ligeiro histórico seguido do estudo clínico, dividido em lesões sifilíticas das partes moles (sifiloma, acidentes secundários, gomas, adenites) e lesões ósseas e periósteas (ósteo-peiostite mastóidea, mastoidite sifilítica).

Entre as complicações; a mais importante é a paralisia do, VII, em geral definitiva.

As menínges e o seio lateral não oferecem complicações apesar de em contato com o pús durante muito tempo. Não é muito frequente a lesão do labirinto.

Do ponto de vista diagnóstico, a lesão apresenta caracteres particulares: a hipertrofia óssea não é regular, a superfície da mastoide apresentando saliências ósseas múltiplas. Si ha fistula, existe tambem infiltração consideravel dos tecidos moles, podendo haver eliminação de pequenos sequestros. Quasi sempre a pele participa da inflamação e toma rapidamente uma coloração vermelho-escuro, cúprica; assaz característica. A radiografia é um bom elemento subsidiário.

Em princípio, a orelha média não é atingida e esta discordância entre a integridade do tímpano e da audição e a tumefação dolorosa da mastoide é muito significativa.

Respeito ao tratamento, os antigos empregavam com êxito o iodureto. Embora esse medicamento não esteja hoje tão em voga, administrado em doses mais elevadas (4-5 grs.) dá excelentes resultados. O cianureto e o Bi são muito usados de preferência ao arsênico (914). Quando ha sequestros volumosos; a terapêutica médica precisa ser auxiliada por uma intervenção cirúrgica «segundo as lesões».

Os AA. coligiram 30 observações de vários especialistas e que apresentam em resumo. Duas páginas de bibliografia.

L. VEUILLOT - As tuberculoses latentes da faringe. Pag. 759.

A conclusão principal desse trabalho é a noção da frequência pouco conhecida com a qual o B. K. atinge a mucosa faríngea, quer se trate de anginas frustas em antigos tísicos, ou de anginas agudas que precedem de poucas semanas a invasão do pulmão, ou ainda de hipertrofias amigdalianas que escondem, em muitos casos, uma tuberculose do aparelho linfático.

Esta concepção vai um pouco de encontro ás noções clássicas, mas a impressão pessoal do A. é que uma pesquisa cuidadosa na clientela O.R.L. e nos meios sanatoriais permite registrar esses fatos. Veuillot chama a atenção tambem para o contraste flagrante entre a frequência das tuberculoses infiltro-ulcerosas ao nível da laringe e da mucosa faríngea.

A importância prática desses conhecimentos aparece evidente e, entre outros exemplos, cita o A. os inconvenientes de uma amigdalectomia «intempestivas nos portadores de amigdalite hipertrófica bacilar.

Boa bibliografia sobre a questão.

Dr. Guedes de Mélo Filho.

Archiv fur Ohren.Nasen und Kehlkopfheilkunde
Vol. 133 - 1932.

DR. FRANZ ALTMANN - Para o conhecimento dos musculos supra numerarios do ouvido médio. Pag. 28.

O autor fala sobre a raridade destes restos musculares; que tem sido observados por outros pesquizadores: Brack; Gaupp, Hofmann, Katajama e outros e em seguida descreve tres casos proprios, sendo que um apresentava um pequeno musculo dentro do canal do facial de que era separado por uma parede ossea, outro na parede superior, lateralmente colocado em relação ao musculo tensor do timpano, do tegumem timpanico; finalmente o terceiro caso, tambem junto ao musculo tensor do timpano e no territorio do tegmen timpanico, que apresentava 2 feixes musculares. O autor entre em considerações sobre a origem possivel destes restos musculares sobre a enervação que todos apresentam. A embriologia e a anatomia comparada são os esteios sobre que se ampara na discussão dos fatos citados.

DR. A. GREIFENSTEIN - Contribuição á clinica e á patogenese da tuberculose alimentar primaria. Pag. 38.

1) - Foi diagnosticado, em um homem de 21 anos de idade, uma tuberculose primaria das amigdalas e dos ganglios cervicais, que ao contrario do que se supõe sobre a benignidade da tuberculose primaria das amigdalas, ocasionou exito letal devido a rapida invasão local e hematogena da molestia.

2) - Depois de uma critica geral sobre as particularidades clinicas e anatomicas da tuberculose primaria, o autor discorreu sobre a sua frequencia e sobre tudo que no complexo primario cervical poude ser notado no ponto de vista anatomo-patologico.

3) - A suposição de Most e Beitzke de que não existe uma comunicação entre as vias linfaticas do pescoço e ás do hilo pulmonar, teve, ao contrario, no caso do autor, uma confirmação pela, disposição dos ganglios caseificados.

4) - A significação exata da observação clinica esclarece a patogenese pelo carater descendente da molestia dos ganglios linfaticos do pescoço e pela prova da unilateralidade das modificações tonsilares.

5) - O primeiro achado de autopsia de que uma analogia existe entre as modificações da tuberculose cervical e a do territorio ileocecal, dilata nossas considerações clinico-patogenicas pela suposição de que se torne necessaria uma tuberculose alimentar primaria. Exames clinicos e experimentais em animais; assim como as pesquizas realisadas em Lubeck sobre a tuberculose alimentar em lactantes sustentam o ponto de vista que em nosso caso uma infecção alimentar maciça, si bem que um acontecimento raro no adulto, póde ter lugar.

6) - A terapeutica cirurgica, assim como a radiologica, é contra-indicada nos casos de tuberculose tonsilar e ganglionar, de decurso agúdo, devido ao perigo de uma invasão hematogena ou a uma reação local e geral intensa.

DR. ANNEMDRIE NELKEN - Sobre as alterações do liquido cefalo raquideano nas afecções oto-rinogenicas. Pag. 136.

O autor procura estudar o teor de alguns dos componentes do liquor com o intuito de obter elementos suficientes para o diagnostico diferencial entre algumas afecções do sistema nervoso central. O titulo faz prever que o A. se tenha limitado a pesquizas em determinadas molestias. Tal não se dá porem, pois o material que servio para a feitura do trabalho abrange, alem de afecções otorinogenicas, muitas outras entidades morbidas que nada tem de comum com a oto-rino-laringologia.

São estudadas as taxas do calcio e da glicose, a reação de Weichbrodt em diferentes afecções e, em apendíce, as alterações cito-albuminosas provocadas pela encefalografia. De inicio, o A.assinala a grande divergência, existente os varios pesquisadores, a respeito dos limites normais das taxas do calcio e do assucar liquorico. Para o calcio, são tidas como normais as cifras compreendidas entre 40 a 70 millgrs. por mil, enquanto que para a glicose a normalidade abrange os valores variaveis entre 500 a 1000 milligrs. por litro. O autor considera normais, respectivamente, as taxas compreendidas entre 40 a 50 milligrs. e 500 a 600 milligrs. por mil, fazendo a resalva de que, para a glicose, a taxa de 900 milligrs. por litro, não deve ser tida como patologica.

Passando depois ao estudo das anormalidades encontradas nos casos patologicos, o A. verifica que, nas meningites, a taxa do calcio liquorico aumenta ao passo que a glicose diminue. Em algumas outras afecções a taxa do calcio pode aumentar embora de maneira discreta (tumores cerebais, abcessos cerebrais, lues cerebri, epilepsia). Em casos de coréa foi verificada a diminuição do calcio liquorico.

Quanto á glicose, as conclusões do A. não se afastam do que já foi afirmado por outros pesquizadores; a baixa do poder redutor do liquor nas meningites, principalmente na meningite tuberculosa, o aumento da glicose em certas encefalites, mormente na forma epidemica. Nas outras afecções do nevraxe a dosagem da glicose liquorica, não tem, praticamente, valor diagnostico.

O trabalho do A. não permite melhorar os conhecimentos que já temos sobre o valor diagnostico da reação de Weichbrodt. Ele mesmo reconhece que no quadro das afecções em que se encontra esta reação positiva é tão multiforme que não é possivel obter dados exactos sobre a natureza desta pesquiza e sobre o seu valor diagnostico.
Ela não pode, como querem alguns autores, substituir a remoção de Wassermann. No apendice, são estudados o conteudo globulinico e o teor celular em 2 liquores de doentes, nos quais foi praticada a encefalografia. O A. examinou amostras sucessivas do material, que ia sendo expulso do canal neo-vertebral á medida que o ar era introduzido. As alterações que encontrou foram de pouca monta e irregulares, não permitindo conclusão segura. Aliás não parece razoavel que o L.C.R. se altere desde a entrada do ar. E' mais logico pensar que as alterações surjam, passar das algumas horas, depois do tempo necessario para que os elementos celulares, infiltrados nas meninges irritadas passem para o liquor.

Em resumo, o A. nos apresenta um trabalho muito longo do, qual não são possiveis conclusões formais. Suas estatisticas, incluindo afecções varias do sistema nervoso central, não fornecem elementos seguros para o prognostico e diagnostico das afecções otorinogenicas. O trabalho, interessante para o analista, pois que uma revisão minuciosa da literatura sobre os assuntos estudados, não oferece maiores vantagens para o oto-rino-laringologista.

HANS C. MÜLLER - A curva do assucar sanguineo na anestesia pelo eter. Pag. 169.

Uma hiperglicemia tem lugar depois de todas as anestesias pelo eter, e não está ligada a especie e a localisação da intervenção. A duração da narcose não influe na curva, assim tambem a profundeza dela. A elevação da taxa de assucar sanguineo, durante a narcose, varia entre 10 e 100 %. Nas creanças a ascenção da curva é mais proxima da vertical, que nos adultos, assim tambem a volta á normal é mais rapida naqueles que nestes; nos velhos, mesmo depois da intervenção, a curva aumenta e a volta ao normal é mais lenta.

A injeção, ante-anestesica, de morfina, faz com que a curva do assucar seja menor. A asfixia, durante a narcose, aumenta o assucar. Hemorragia aumenta o assucar, ao passo que a anemia secundária não tem influencia sobre a marcha da curva. Uma glicosuria não deve ser atribuida a hiperglicemia da narcose, mesmo quando a quantidade de assucar tenha alcançado a fronteira patologica.

PROF. DR. OTTO FLEISCHMANN - Considerações sobre a genese da ozena. Pag. 199.

Fleischmann descreve, com grande amplitude, as teorias que procurara explicar a patogenia e a etiologia da ozena:
1) - A teoria mucosa de B. Frankel; 2) - a teoria ossea; 3)- a teoria focal de Karl Michel; 4) - a teoria infeciosa de Loewenberg; 5) - a teoria discrasica de B. Frankel, que não é mais que uma substituição á sua teoria mucosa; 6) - A teoria trofoneurotica de Zarniko; 7) - a teoria simpatico endocranica de Halphen e Schulmann; a teoria da avitaminose de Glasscheib e, depois de critica-las e estuda-las serenamente, conclue, mais ou menos, assim:

1) - as fórmas fetidas e não fetidas da rinite atrofica genuina não constituem senão diferenças graduais da molestia e desenvolvem-se sob a base da lei de Mendel, sobre a herança da predisposição á molestia.

2) -Esta predisposição é puramente local, uma perturbação geral do organismo gosa o papel de momento predisponente tão sómente. A flora bacteriana nos ozenosos é, francamente, saprofitica. A reação de Wassermann, tanto no liquido quanto no sangue, é negativa.

3) - A molestia da mucosa é uma afecção do nariz e de suas cavidades anexas, raramente do laringe e das vias aéreas, e cartterisada por uma diminuição da capacidade defensiva e pelo enfraquecimento da capacidade de reação. Esta molestia ocasiona transformação fibrosa da mucosa, cujos sintomas diminuem na profundidade e são mais acentuados nas cavidades nasais que nas anexas do nariz;

4)-As modificações osseas são, na sua maior parte, independentes do processo patologico nasal e apresentam-se como paralisia no desenvolvimento que ataca todo o craneo e é limitada a este.

5) - As perturbações do sistema nervoso compreendem a varios orgãos dos sentidos, os nervos sensiveis do nariz, talvez, tambem, o vago e simpatico e caraterisam-se, sobretudo, por um enfraquecimento em suas funções.

PROF. DR. J. LOEBELL - Paralisia facial ocasionada pela prova calórica do labirinto; segundo Uffenorde. Pag.288.

O autor descreve um caso clinico de colesteatoma, com enorme abcesso sub-periostal, em que depois de praticada a operação radical, e extirpação do colesteatoma, foi feita a prova calorica pela aplicação do éter em gotas; conforme aconselha Uffenorde ora tais casos.

Logo após a aplicação do eter, a irmã, que anestesiava a doente, notou um enfraquecimento do facial, em seus tres ramos, que se acentuou por completo, causando uma paralisia total deste nervo. Tres horas depois a motilidade da face regrediu. O autor atribue a uma deicencia, ou causada pelo colesteatoma ou embrionaria, que facilitou o grande resfriamento do nervo. Pensa; tambem, que este seja o primeiro caso de tal especie mencionado até aqui, na literatura.

DR. HEINZ ROLLIN - Sobre a terapeutica das mastoidites tuberculosas infantis. Pag. 293.

Rollin relata 2 casos de otite tuberculosa, com granulações e com mastoidite, diagnostico confirmado pela inoculação em cobaias.

Tanto as otites quanto as mastoidites curaram-se, por completo, com 3 aplicações de radioterapia profunda na dose de 1/3 H E D de cada vez e espaçadas de uma semana. Não foi feito nenhum tratamento cirurgico.

M. O. R.

Archiv fur Ohren-Nanen und Kehlkopfheilkunde
Vol. 131, 1933.

DR. WILHELM ROSINFELD - Novas diretrizes na luta contra a otosclerose. Pag. 32.

E um artigo interessante e que merece ser lido no original. O autor atualisa o tratamento da otoesclerose pelas injeções de adrenalina já outróra, empregado por Otto Meyer, Goldmann, Calderara e Borbone, e mais tarde por Beck e Polloch.

Pensa que a otoesclerose não é mais que um periodo avançado da osteomalacia. Apoiado nesta idéa instituiu o tratamento pelo emprego de pequenissimas doses de adrenalina. - 1/10 a 2/10 mg. 1 vez por semana, durante 6 semanas conjuntamente calcium, oleo de figado de bacalhau e Vigantol.

Os ruídos desapareceram por completo, ou enfraquecem enormemente; a audição melhora sobremodo. A principio podem peorar e daí, talvez, uma menor dose seja necessaria. Os casos recentes aproveitam muito mais. O tratamento necessita: pouca adrenalina, muita paciencia e nenhuma brutalidade.

A's vezes as doses devem, ser iniciadas com 1/100 mg., e é, na 5.ª dinamização.

PROF. DR. MINORU SASAK - O problema da fossa supra tonsilar. Pag. 89.

1) - A fossa supra-tonsilar, encontra-se abaixo da capsula amigdaliana e tem, histologicamente, a mesma constituição que as lacunas da amigdala.

2) -Ela póde, tambem, estar acima da capsula e dá-se-lhe o nome de fossa tonsilaris superior.

3) - E' de grande significação clinica que esta fossa possa estar no parenquima, mesmo, da amigdala; isto nos obriga a ter em mira sua constituição por ocasião da enucleação das amigdalas.

4) - A fórma desta fossa goza de grande papel nas tonsilites recedivantes, nas peritonsilites e suas complicações.

ADOLF BREMSER - Tratamento da actinomicose. Pag. 94.

O metodo de tratamento da actinomicose consiste, em parte, na combinação do iodureto de potassio e radioterapia profunda, em parte, só na radio-terapia. Num caso de actinomicose da lingua só foi empregado o iodureto e o arsenico. Em todos os casos do autor, revistos após 1 e meio a 12 anos, exceto para deles, ainda em tratamento; os resultados deste metodo foram brilhantes, mesmo no ponto de vista cosmetico. Todos permanecem curados e sem terem tido recedivas.

Ao autor não parece necessaria a combinação do iodureto com a radioterapia, pois que tanto os casos de emprego de ambos, quantos aqueles em que só empregou a radioterapia, os resultados foram identicos.

Mas não quer ele dizer que o iodureto deva ser banido do arsenal terapeutico, da actinomicose, porque casos houve, aqueles em que a molestia atacara a lingua, em que o emprego exclusivo do iodureto curou o paciente. O emprego do calcio em grandes doses, afasta, segundo Berberich, os inconvenientes decorrentes de emprego do iodureto. Para o autor o melhor tratamento consiste no emprego da radioterapia profunda.

DR. R. MITTERMAIER - Das trocas organicas nas inflamações do nariz e cavidades paranasais. - 1ª comunicação. Conteudo liquido e o balanço total dos minerais. Pag. 147.

Como resultados previos menciona-se: examina-se as relações entre a existencia total dos minerais e as substancias secas em secreções e mucosas nos estados inflamatorios, agúdos e cronicos do nariz e seios anexos e acha-se:

1) - o aumento maior em minerais, encontra-se nas secreções da rinite agúda.

2) - nas inflamações cronicas dos seios maxilares, as modificações no valor mineral são, sempre, constantes, para uma curva elevada no decurso individual.

3) - Um aumento especial na taxa mineral, póde ser favorecido pela longa retenção das secreções nas cavidades anexas.

4) - A transformação de uma secreção purulenta em uma mucosa, é acompanhada de aumento na taxa mineral.

5) - A mucosa edemaciada contem mais minerais que o tecido plano compacto (muito embora modificado inflamatoriamente).

DR. GEZA HALÁZ - Terapeutica das dôres de cabeça após operações rinologicas, particularmente resecção do septo nasal. Pag. 177.

A causa das dôres de cabeça, após a tamponagem nas operações do septo nasal, está ligada a uma perturbação no equilibrio da circulação nasal, o que levou o autor a experimentar a ação dos nitratos é que tão bem atuam sobre a enxaquéca. Não observou efeitos nocivos, sendo os resultados sempre otimos. Aconselha a mesma terapeutica em todos os casos que exijam o tamponamento das cavidades nasais, inclusive o de Bellocq.

DR. KARL LOEWY - Sobre a significação diagnostica da concentração dos ions de hidrogenio no liquido cerebro-espinal dos doentes do ouvido. Pag. 180.

O valor normal do Ph. (7,45), do liquido cefalo raqueano, não se modifica, em geral, nas complicações intra-craneanas das otites. Sómente as meningites graves trazem uma diminuição no valor Ph. até 7,20. Como meio de diagnostico precoce a medida do valor Ph, não de ser tida em consideração. A constancia deste valor tem seu fundamento no (Pufferung) do liquido cerebro-espinal. Sobre se exista uma relação entre o aparecimento de certos sintomas neurologicos e o aumento do grau de acidez do liquor, não póde, ainda, ser solucionado pelos resultados de nossas observações.

DRA. CACILIA BUNNING - Molestias da lingua e da mucosa bucal, com exceção das intoxicações, das molestias especificas e dos tumores. Pag. 85.

A autora estudando a literatura existente; sobre as afecções da, lingua, a mucosa da boca; nestes ultimos 10 anos, focalisa a importancia que elas têm no estudo das molestias gerais. Chama a atenção para quanto de verdade existe na medicina popular que tão grande importancia daí aos sintomas apresentados pela boca, e sobretudo pela lingua, no auxilio que traz, aos medicos praticos. Foi com o fim de chamar; de novo, a atenção para esta sintomatologia particular que a autora quiz passar em revista a enorme serie de molestias observadas na mucosa da boca e, particularmente, na lingua. O artigo é de grande interesse, não só para o especialista como, e principalmente, para o clinico e dermatologista.

GERHARD EIGLER e WOLFGANG GEISLER - Lesões graves produzidas pelas injeções intralombares de tripaflavina, nas meningites otogenicas e rinogenicas com exames experimentais em animais. Pag. 201.

Os autores observaram em 2 casos de meningite, lesões gravissimas da medula lombar; após injeções intra-lombares de tripaflavina, que apresentaram o quadro clinico de uma paralisia completa por secção da mesma.

Tambem em exames experimentais, em 2 macacos, observaram as mesmas lesões. Em tres outros casos de meningite, que foram tratados, tambem, pelas injeções intra-lombares de tripaflavina, não obtiveram melhora alguma, no que se refira a uma cura da meningite. De acordo com o que observaram concluíram que as injeções de tripaflavina não dão resultado algum nas meningites rinogenicas e otogenicas, pois que seu poder bactericida não atúa no foco da infecção.

JOHANNES KOCH - Sobre a origem, critica e tratamento de molestias com aparecimento de vestibulares, fórma de ataques (crise do oitavo). Pag. 314)

A etiologia a localisação e o quadro sintomatico da molestia pode ser o meio variado sendo que é os sintomas vertiginosos de origem vestibular são os mais comuns. Dado que todos os sintomas em todas as fómas de perturbações se processam, de preferencia, no territorio de distribuição do 8.º par craneano, a designação de "crise do oitavo", dada por Grahe e Kobrak, para estes casos de vertigens vestibulares; é bem indicado devendo-se, por conseguinte; afastar as terminolgias erradas de complexos sintomaticos de Menièré, pseudo Mieniére e de Barany.

A totalidade das crises do oitavo, na opinião do autor, de acordo com os resultados de suas pesquizas, são consequencias de estados organicos ou neuroticos de molestias vasculares, que ocasionam perturbações por extravasamento no labirinto ou ao nível do territorio central do oitavo par.

O resultado das provas funcionais do coclear, o contraste das reações encontradas nas provas vestibulares, a falta de reação galvanica em um dos lados e determinadas modificações nas sensações de posições, permitem, nos 32 casos do autor, localisar a perturbação na zona central do oitavo.

Como causa das perturbações vaso-motoras no territorio de distribuição do nervo oitavo, foram anotadas e de acordo com as observações encontradas na literatura, a piorréa, a encefalite, a epilepsia, alergia alimentar, a intoxicação tabagica, a policitemia, ás perturbações na vida sexual, os traumas craneanos, etc.

Finalmente, refere-se o autor, ás relações entre as crises do oitavo e as tonsilites cronicas, que, até agora, não tinham sido mencionadas na literatura.

O tratamento causal é o que melhores resultados tem produzido nas crises do oitavo e que sómente pela etiologia certa será possivel. No tratamento das moléstias vasculares organicas está indicado o hormonio da circulação, a podutina.

Como tratamento sintomatico, na opinião do autor, em primeiro lugar é aconselhavel a Bulbocapnin «Merck», afim de fazer desaparecer o ataque, atém desta póde-se experimentar: Bromostrontiuran, Aleuthan, Moloid e Monotrean.

TH. NUEHSMANN - Sobre a ação terapeutica e profilatica do calcio nas molestias dos ouvidos e das vias aéreas superiores. Pag. 330.

Um grande numero de molestias de nossa especialidade, aproveitam-se do tratamento pelo calcio. O autor menciona, particularmente, as seguintes como as mais adequadas:

1 - Todas as fórmas do complexo sintomatico de Menière, de origem vaso-motora (Pseudomeniere). Doses: cada 2 dias 10 ccm. de calcio a 10 %, ora intravenosa; ora intramuscular, fazendo de acordo com a gravidade do caso.
12-15-20 injeções. Findo este tratamento, tomar durante 2 meses diariamente: calcio internamente. Depois de 6 meses repetir a cura

2 - Edema inflamatorio do laringe (Erisipela; gripe).

Dose: 1- 10-20 ccms. calcio endovenoso, nas grandes estenoses repetir após algumas horas 10-20 ccms. intra-muscular. Si necessario, diariamente, 10 ccms. intra-venoso ou intra-muscular até o desaparecimento do edema.

3 - Na difteria das creanças com respiração dificil.

Dose: 5-10 ccms. calcio intra-venoso, a mesma dose intramuscular. Repetir, si necessario, mas não passar de 10 ccms. por dia.

4 - Anginas, abcessos peritonsilares, laringites agúdas e inflamações agúdas dos seios da face, finalmente gripe.

Dose: diariamente 10 ccms. de calcio, óra intra-venoso, óra intra-muscular; não é aconselhavel mais de 6 injeções.

5 - Laringo-espasmo na creança.

Dose: Si possivel imediatamente 5 ccms. intra-venoso, em seguida, diariamente, 5 ccms. intra-muscular. Depois de 8 dias calcio, per os 3 vezes ao dia.

6 - Defluxo dos fenos e rinite vaso-motora.

Dose: como no tratamento da Menière, mas combinado ,com Ephetonina ou Ephedrina 3 vezes ao dia meio a 1 tablete. Nos casos graves Parathormon (Collip). No fim do tratamento calcio internamente.

Como profilatico o calcio será ministrado nas seguintes operações:

a) - Tonsilectomia. - Dose: no dia anterior á intervenção 10 ccms. intra-muscular; imediatamente depois da operação 10 ccms. intra-venoso. Depois, cada 2 dias, 10 ccms. intra-venoso ou intra-muscular. Ao todo 4-6 injeções. Evitará tambem as hemorragias e as grandes reações inflamatorias.

b) - nas operações do laringe: Dose - no dia anterior 10 ccms. intra-muscular: depois da operação 10 ccms. intravenoso. Nas laringofissuras e extirpação parcial do laringe, diariamente, 10 ccms. intra-venoso ou intra-muscular; ao todo 6 a 8 injeções.

c) - nas operações no nariz e seios da face. - Dose - antes 10 ccms. intra-muscular, depois 10 ccms. intra-venoso.

M. O. R.

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