Versão Inglês

Ano:  1933  Vol. 1   Ed. 6  - Novembro - Dezembro - ()

Seção: Trabalhos Originais

Páginas: 464 a 472

 

ALERGIA NASAL

Autor(es): Dr. FRANCISCO HARTUNG (1)

O doente de rinite espasmodica refléte sempre uma mentalidade eivada de cepticismo em relação á medicina e descrê da, razão de ser da nossa especialidade; quando ele já foi operado de septo ou turbinectomia, torna-se até um elemento perigoso pela campanha que em geral move colara recursos cirurgicos classicamente consagrados. Si esta atitude é lamentavel, forçoso é reconhecer que lhes assiste uma certa parcela de razão: como compreender o leigo a complexidade dos acidentes alérgicos e o fracasso da terapeutica medicamentosa e cirurgica doente de uma sintomatologia aparentemente tão banal? Eles vivem em peregrinações temporarias pelos consultorios dos rinologistas, na esperança de uma solução para o seu caso. A sua anamnése é sempre a mesma: constipam-se com imensa facilidade e frequencia independente de qualquer contingencia atmosferica; as narinas fecham-se, vem um lacrimejar abundante e, completando o incomodo quadro, não ha reserva de lenços suficiente para atender a rinorréa; os oleos e pós medicamentosos falharam por completo e os resultados cirurgicos de natureza por demais efemera.

Já de muito que modificou o modo de interpretar a sinto matologia da rinite vasomotora ou espasmodica; esta entidade morbida deixou de interessar somente a patologia nasal, para ter ingresso no capitulo dos estados constitucionais. Foi enfileirada ao lado da asma, urticaria, pruridos, eczemas e enxaquecas, invadindo definitivamente o dominio da alergia; é em verdade nesta direcção que tem convergido os esforços da medicina de hoje, na solução do problema.

Entre os investigadores contemporaneos, parecem ser os americanos os que mais carinho têm dispensado a este capitulo, talvez porque o problema do "hay-fever" seja em seu territorio, maior de que em qualquer outra parte. Ha pouco mais de um ano, The Jouurnal of Allergy, folha bimensal dedicada exclusivamente ao assunto, publicou um mapa dos Estados Unidos, organisado por. Durham, de Chicago. Este mapa, discrimina a epoca da florada das plantas, e é conjugado a conhecimentos fornecidos pelos "tests" cutaneos, facultando aos doentes sensibilisados, a possibilidade de fugir aos excitantes alergicos, antes de deflagar a incomoda sintomatologia.

A palavra alergía tem sido usada ultimamente num sentido generalisado. Na expressão inicial de Von Pirquet, alergia é a hipersensibilidade que se desenvolve no organismo, em consequencia de impregnação previa por um antigeno; assim, um individuo que é injectado por um sôro, torna-se predisposto a exibir, quando reinjectado, uma reacção alergica. E' o caso da molestia do sôro, como urticaria, ou outra qualquer manifestação.

Entretanto hoje, dá-se muito mais elasticidade á expressão alergia. Assim, a anafilaxia, descrita por Charles Richet, que é um fenomeno exprimental, e que consiste em se injectar sôro de cavalo em uma cobaia e 15 dias mais tarde fazer nova injecção na veia do animal, provocando a morte por choque e asfixia, passa a constituir um capitulo de alergia. Fenomenos analogos a este no homem, são muito raros. Do mesmo modo as velhas idiosincrasias, que segundo toda a evidencia, envolvem tambem uma reacção antigeno - anticorpo, si bem que a fase de sensibilidade previa, passe por completo desapercebida, pódem tambem ser considerados como estados alergicos; assim tambem a utopia em que ha um factor predisposicional hereditario. E' o caso das intolerancias alimentares e medicamentosas, como existem para o quinino, arsenico, diversos peixes, polens, poeiras, emanações varias, etc.

No senso lato, alergia engloba tudo isto.

O estudo dos estados alergicos, como dissemos, tem seduzido a grande numero de investigadores; a eosinofilía do muco nasal em doentes deste tipo de asma ha muito tempo já foi acusada, e recentemente foi assinalado um prisma interessantissimo, que esclarece a existencia de factores exaltando a receptividade alergica para determinada classe de doentes: é o estudo bioquimico do sangue. Devassam-se assim novas perspectivas neste sentido. E' o fáto que Iran Franck, tambem de Chicago, acusou ultimamente uni, "test" rapido, na mucosa nasal, que nos serve para julgar perturbações metabolicas bioquimismo; foi seduzido por este comunicado, que nós resolvemos a seguir as suas pegadas, afim de ajuizar até que ponto este "test" nos pôde ser util.

Para esta finalidade, Iran Franck abandona a antiga e classica divisão dos alimentos em proteínas, hidratos de carbono e gorduras; ele os classifica, de acordo com Jarvis, um outro investigador moderno, em alimentos que produzem residuos atidos e alimentos que geram residuos alcalinos, correspondendo ao seu uso exagerado uma acidóse ou uma alcalóse do sangue. Os antigos hidratos de carbono e proteinas produzem residuos atidos, enquanto que os alimentos amadurecidos ao sol, dão logar a residuos alcalinos.

Isto posto, a observação leva-nos ás seguintes conclusões: Uma ecessiva dieta residual acida, provocando acidóse, refléte-se por um sindroma caracterisado por fadiga, irritabilidade, anorexia, apatía, constipação de ventre e pele sêca; a mucosa do septo nasal assume uma côr vermelha carmezim. Contrariamente, os doentes que se dão a uma ecessiva dieta residualalcalina, gerando a alcalóse, transformam-se em temperamentos sujeitos a sintomas alergicos, como constipações, febre de feno e asma; a sua mucosa nasal torna-se muito palida.

Tanto o rubor como a palidez, são fenomenos defluentes da acção da ecessiva acidóse ou alcalóse sobre a permeabilidade capilar.

Assim Iran como Jarvis afirmam, em artigos diferentes, conseguir modificar a coloração do septa, desde que não haja fatores de carater local, com uma orientação racional em materia alimentar, restabelecendo o valor normal do pH, no equilibrio da balança acido-alcalina do sangue, e melhoria na sintomatologia da rinite.

E' de notar que temos muito mais oportunidade de encontrar mucosa palidas de que vermelhas; é um fáto logico, porquanto é no primeiro caso que os doentes experimentam desconforto e são forçados a nos procurar.

Foram estes os estudos que nos induziram ás observações que vamos apresentar. Naturalmente necessitávamos de um tecnico que conhecesse bem patologia de nutrição e metabolismo. O nosso coléga Dr. Carlos Asbahr, com estas qualidades, gentilmente acedeu ao nosso pedido, de modo que imediatamente começámos a trabalhar.

Urna objecção que incontinente ocorrerá a quem ouvir as nossas observações, será a falta do valor do pH de cada um dos doentes; não ha duvida que seria um ponto muito vulneravel, si não fosse o carater eminentemente clinico, que pretendemos dar aos nossos relatorios. Demais, não é justo que se obrigue qualquer classe de clientes a pagamentos dispendiosos de laboratorio para atender a finalidade cientificas sujeitas ainda a muita evolução.

Aliás Iran Franck diz textualmente: a mucosa nasal é um auxiliar inestimavel pára se conhecer os disturbios da balança acida-alcalina do sangue. Foi isto o que tentámos verificar, tarando esta balança pelas orientações dieteticas inspiradas pelo Dr. Asbahr e tendo por contróle as modificações de nuance refletidas na mucosa do septo nasal.

Vamos agora passar á leitura das observações. Necessitamos entretanto, antes de assim proceder, dar uma noticia abreviada da acidez e da alcalinidade dos, alimentos mais comuns, afim de que se possa aquilatar da anamnese e do tratamento dos pacientes.

Na tabela organisada por Sansum, Blatherwick e Smith, o alimento que mais acidez produz no sangue é a ostra com 30 %; na ordem decrescente seguem-se: (não citamos mais algarismos, cansativos e impossiveis de reter). Gema de ovo, frango, coelho, carne de vaca (no sentido de bife magro), bacalhao, veado, aveia, porco magro, lucio, ovos, rã, arroz, clara de ovo, pão integral e pão branco.

Em relação á alimentação alcalogena, a ordem é a seguinte, tambem decrescente: o alimento de maior alcalinidade é o feijão com 23,87 %. Seguem-se: passas, ameandoas, aipo, castanha, alface, batatinha, ervilha sêca, corintos, laranja, banana, limão, couve flôr, pecego, couve, maçãs, rabanetes, nabos, leite de vaca e aspargos.

OBSERVAÇÕES

N.º 1. B. M., 23 anos, casada. Já ha muitos anos que se resfria com facilidade, fáto que se tem acentuado nestes dois ultimos. Voz fanhosa e narinas fechadas. Muita secreção nasal aquosa. Crises frequentes de espirros. E' propensa ao eczema. Já foi operada de septo nasal sem o menor resultado pratico. Dorme de boca aberta.

Rinoseopia: Mucosa palida em toda a parte. Na ocasião do exame não se notava secreção.

Alimentação: Abstinencia de carne devido ao eczema. De origem animal, apenas toma leite. Alimenta-se em geral, de verduras, legumes e abusa das frutas, como tamaras e passas.

Tratamento: Regimen alimentar que levam á acidose e administração de acido cloridrico ás refeições.

Pela manhã: Café simples ou com pouco leite, bem doce. Um prato de aveia cosida com sal e sem leite. Almoço e jantar. Doi pratos de origem animal (ovos, carne de vaca, de porco, frango etc.), muito arroz, muito pão e massas de um modo geral. Lunch. Café simples bem doce com pão, bolacha, biscoito a vontade.

Este regimen foi instituido em 12 de maio de 33. Em 8 de junho reaparece no consultorio, em condições manifestamente melhoradas. Não espirrava tanto quanto antes, nariz muito menos obstruido e muito menos secreção, já podendo, dormir de boca fechada.

Rinoscopia: Mucosa nesta nova data muito menos descorada, embora não tenha ainda a sua côr natural.

A doente continua em observação.

N.º 2. Cliente de Dr. Rubens de Brito. A. M. , 38 anos de idade. Espirros, obstrução nasal, rinorréa, peso e prurido no, nariz. Já foi operada do nariz. Anosmia e asma além de cefaléa.

Rinoscopia: Mucosa palida, humida, fossas amplas, mas apezar disso, a doente queixa-se de que o nariz está constantemente fechado.

Alimentação: Comia de tudo, mas dava preferencia a vegetais: feijão, batatinha e frutas, principalmente laranja e banana.

Tratamento: Dieta identica a precedente, prescrito a 2 de junho. A 14 do mesmo mez compareceu ao consultorio, sensivelmente melhorada de seus sintomas nasais.

Rinoscopia: Nesta data, a mucosa na fossa esquerda está bem mais corada; a direita, a melhoria não é tão acentuada. E' de notar que esta doente experimentou uma recaída na mez de julho, mas foi a primeira, a confessar que havia abandonada a dieta. Voltando novamente ao regimen, continuou a passar mal por todo o mez de agosto; em setembro porém reaparreceu outra vez muito melhorada, tanto em relação á obstrucção nasal como á rinorréa.

N.º 3. F. G. italiano, 24 anos, casado. Ha tres anos começou a sofrer de constipações todos os dias. Passava noites agitadas com a obstrucção nasal, deitando pela boca uma saliva grossa. A oclusão do nariz era completa, parecendo que inchava tambem a cabeça. (sic.) A quantidade de agua, que saía do nariz e dos olhos era formidavel. Foi nesta epoca que foi operado de septo, sem o menor resultado, parecendo que até peiorou. Deixava-se invadir por um grande desanimo e sem coragem para trabalhar. Usava de quatro a seis lenços por dai.

Rinoscopia: Mucosa completamente branca; cornetos muito exuberantes em contáto no septo em ambos os lados. Verificase que a operação de septo foi correctamente executada. Abundantissima secreção aquosa.

Alimentação: Come algum macarrão, mas não faz uso de carne. A sua base alimentar tem sempre sido verduras, frutas e legumes.

Tratamento: Como os precedentes regimem alimentar acidogeneo, prescrito a 18 de agosto. A 4 de setembro ainda continuava no mesmo estado. A 13 do mesmo mez aparece já bastante melhorado. Duas semanas mais tarde volta ao consultorio, entusiasmado com o resultado, porque se julgava completamente bom. Afirma ele que ha tres anos é a primeira temporada que pôde dormir e se alimentar suficientemente; sem epoca alguma,. depois da operação do septo ou de diversas cauterisações que sofreu, a ultima das quais recentemente, sentiu-se tão bem.

Rinoscopia: A mucosa revela-se completamente modificada. Tem quasi que a côr rosea natural; não ha mais turgescencia dos cornetos, nem contato algum com o septo, de modo que as narinas se encontram por completo desobstruidas.

Este foi o resultado mais palpavel que obtivemos com as nossas tentativas; o exame interno do nariz coincidia com o desaparecimento dos sintomas. Hontem tornou a voltar á nossa presença em ótimas condições, tanto clinicas como nasais.

N.º 4. J. F. S., 60 anos de idade. Este doente ha dois anos que sofre de abundante corrimento nasal, além de ter as narinas completamente obstruidas. Voz muito prejudicada. Procurou-nos a mandado de um outro cliente a quem havia-mos operado de septo, certo de que se tratava de um processos identico.

Rinoscopia: Desvio do septo de pequena amplitude. Mucosa completamente descorada. Abundante secreção.

Alimentação: Neste caso alimentação não explica bem a alcalose, porquanto o doente acusa uma alimentação mixta. Costuma usar batatas, feijão e frutas, mas ao mesmo tempo consome alimentos de origem animal e muito doce. Poucas verduras e legumes.

Tratamento: Mesmo regimen alimentar que os precedentes, acompanhado de. acido cloridrico. Doente em observação; já acusou alguma melhora.

N.º 5. A. F., 48 anos. Este doente tem uma anamnese interessante. Começou a ter a sintomatologia de rinite espasmodica, depois que se mudou para perto de uma fabrica, de onde se desprendem vapores de amoniaco.

Rinoscopia: Não fornece elemento algum de valia; o que nos interessou foi a sua alimentação.

Alimentação: Come frutas, bananas e maçãs de manhã. No almoço, sopa de verduras e legumes, arroz, feijão e sobremeza sempre de frutas. Rarissimas vezes faz uso de pratos de origem animal. Usa dentifricios e gargarejos de bicarbonato de sodio. Como se vê, o seu tipo de alimentação é eminentemente alcalogeno.

Foi instituida uma dieta como as precedentes; o doente ainda não nos reapareceu, mas tivemos informações, por um seu parente, de que está passando melhor.
N.º 6. F. P. B., 26 anos. Esta moça queixa-se de constante coriza, com abundante corrimento de agua pelo nariz, além de crises prolongadas de espirros. Não tem dôr de cabeça nem urticaria.

Rinoscopia: Mucosa humida e branca.

Alimentação: Mantem regimen para não engordar. Quasi que só se alimenta de frutas, legumes, batata, arroz etc. Tem mesmo uma certa aversão a alimentos de origem animal, razão pela qual os despreza.

Tratamento: Orientação identica ás precedentes.

Rinoscopia: E' flagrante a melhoria da mucosa depois da dieta, fáto que corresponde plenamente ás informações da paciente. Este novo exame foi feito dez dias depois de iniciar o regimen.

Já ha uns 20 dias que não ;mais a vemos, mas por, informação, sabemos que continua a passar bem.

N.º 7. Ha cinco mezes que vem sendo sujeita a frequentes resfriados; espirra muito e sae agua do nariz. Tem tido crises de urticaria, que ela mesma pensa ser provocado por abacaxi; tambem já tem tido asma.

Rinoscopia: O exame nasal nada revela de convincente. Cornetos até certo ponto hipertrofiados, mas de côr natural.

Alimentação: Reside em uma chacara fazendo largo uso de. frutas; não come carne de qualquer especie, porque tem medo de acido urino, nem tão pouco doces porque tem medo de engordar. Esta doente está em observação.

N.º 8. C. A. Este é um caso a respeito do qual não nos é possivel opinião formal, porquanto quando o vimos já tinha, começado o regimen adequado.

Entretanto estamos autorisados a afirmar que ele conseguiu fui ir a frequentes resfriadas, desde que começou a combater um regimen quasi que exclusivamente alcalogeno que usava.

Quando o examinámos ainda tinha a mucosa um pouca descorada.

CONCLUSÕES:

A analise dos casos que acabam de ser relatados, mostra que os elementos em jogo não nos oferece base solida para conclusões arrojadas, mesmo porque parte dos doentes ainda continua em observação.

O resultado mais concreto, foi o doente de observação numero 3 que obteve: com efeito, este homem, que operado de septo, cornetos resecados e cauterisados, passava mal as noites e tinha a deglutição dificil pelo máo respirar, experimenta uma tal melhora que se considera radicalmente curado, e sustenta a sua impressão ainda um mez depois de iniciada a sua dieta. Embora houvesse exagero de sua parte ou vontade de nos agradar, fáto é que a sua mucosa nasal coincidia com o seu ótimismo.

Varios outros pacientes, 4 ou 5 talvez, acusaram sensivel melhoria, tanto na sintomatologia geral como na côr da mucosa; são os que correspondem. ás observações numeros, 1, 2, 4, 6 e 8, principalmente a primeira e a quarta.

Quanto aos observados numeros 5 e 7, nada diremos porque não temos rinoscopa posit-dieta; soubemos de melhora apenas por informação.

De qualquer modo é necessario moderação na parte de conclusões, porque o tempo ainda é pouco; a mais antiga das observações não conta mais de cinco mezes.

Entretanto ha alguns pontos perfeitamente assentados,pois que não dizem respeito ao fator tempo.

1.º Ecepção do paciente de observação numero 4, que usava uma alimentação mixta, todos os outros seguiam uma base alimentar que conduz á alcalose sanguinea.

2.º Nenhum deles fazia uso de alimentação acidogena.

3.º A modificação do tipo alimentar refléte-se na côr da mucosa nasal.

Estas tres conclusões coincidem exactamente com os resultados obtidos por Franck e Jarvis.

4.º O abandono precoce do regimen pôde provocar a recaída; é o caso da doente de observação numero 2.

5.o Todos os doentes operados de septo ou corneto são unanimes em acusar a falencia da cirurgia para o seu caso particular.

Este é o material que conseguimos para a observação de hoje; talvez seja necessario centrifugá-lo, si se quizer obter, algum sedimento de utilidade pratica.

De qualquer modo entretanto serve para chamar a atenção do rinologista, quando ha em foco problemas de patologia geral. Não operar septos de indicação duvidosa, é defender o prestigio da nossa especialidade e combate cepticismo e descredito em nosso departamento de cirurgia.

SUMMARY

DR. FRANCISCO HARTUNG - Nasal Allergy.

According to the modern conceptions, vasomotor rhinitis may be classified among allergic conditions depending very often from disturbances of the nutritional balance, that means it is possible to correlate many discasse syndrome with troubles of acid-alcalin equilvbrium of the blood. Apparently we found a rapid test in the mucous membrane of the nasal septum to judge the conditions of the blood. Carbohydrates and proteins are acid-ash producers in the blood while foods ripened by the sun in general are alcalin-ash producers. An excessive acid-ash diet gives a nutritional disaster syndrom of fatigue, irritability, anorexia, daytime listlessness, constipaton and dry skin. The septum under these conditions is crimson red. Patients subsistin gon an excessive alcaline diet exhibit allergic, symptoms and are subject to cblds, hay-fever and asthma. Vasomotor rhinitis is a blood alcalosis caracterised by a pape septum resulting appa, rently from the effect of toe blood on capillary permeability. We have made nine observations to this purpose modifying the alimentation of patients suffering of vasomotor rhinitis according to Jarvis' ideas. All the patients used an excessive alcaline-ash diet, and we give foods that produce acid ash. It is yet not possible -to give the definite results because many patients are still under observation. However we can advance that one patient is completely free of the symptoms, whitout colds, sneezing, watering dischargp and,nasal obstruction. The nasal septum has now its normal color. Another one notwithstanding a certain improvement has still some discharge from the nose. Five others are also better but the time is not long enough to give the last impression; finally two others did not yet exhibit any modification, of their symptoms. We promise to come back later about these experiments.




(*) Comunicação apresentada á Secção de Oto-rino-laringologia da Associação Paulista de Medicina, em 17-10-1933.
(2) Oto-rino-laringologista da S. Casa de S. Paulo

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