Versão Inglês

Ano:  1954  Vol. 22   Ed. 3  - Maio - Junho - ()

Seção: Revista das Revistas

Páginas: 241 a 243

 

Revista das Revistas

Autor(es): -

M. TAMARI e R. HEMNER - "Complicações intracraniais otogenicas na "era antibiotica" - Annales of O.R.L. - V. 62 27-35 - Março de 1953.

Os A.A. ao apresentar 3 casos de complicações intracranianas de origem otologica, têm em objetivo demonstrar que a terapeutica antibiotica pode ter suas falhas, e que quando não ha resolução imediata da doença, a mastoidectomia deve ser indicada.

No tratamento da otite média, está provado que a penicilina é a droga de escolha, de acordo com a bacteriologia mais comum nesta infecção.

Naqueles casos em que a penicilina não é efetiva, deve-se procurar o uso de outros antibióticos baseado no estudo bacteriológico e na sensibilidade do germen ao medicamento.

O especialista deve estar alerta quanto à existencia de complicações intracranianas.

Os casos apresentados pelos A.A. servem para afastar a ilusão de que a mastoidite é sempre prevenida e curada pelos antibióticos.

Quando necessária à cirurgia deve ser completa e meticulosa, como na era pré antibiótica.

ANTONIO CORRÊA

BOUCHET, DEBAIN et FABRE - "Algias eranio-faciais e sinusites" - Les Anales d'Oto-lar." - V. 69, 334-338 - 1952.

As algias podem ser classificadas em 3 grupos
1.º) Nevralgia facial essencial;
2.º) Nevralgia facial secundária sintomática;
3.º) Simpatalgia, incluindo tipos discutíveis e variáveis como as algias miningéas, algias vasculares, algias vasculo-simpáticas, "migraine".

As cafeléas de origem nasal e de origem sinusal poderiam ser incluídas nesses grupos, determinando algias vasculares ou nevralgias secundárias, principalmente.

Para confirmar esses fatos, os A.A. apresentam 3 casos de sinusites maxilares atípicas, absolutamente latente, sem rinorréa e, se manifestando unicamente:

No 1.º caso por uma nevralgia facial essencial há 3 anos; no 2.º caso por uam nevralgia facial secundária há 15 anos; no 3.º caso por uma algía vascular temporal e meningéa média, há 1 mês.

As observações mostraram como é complexo o problema da etiologia das cefaléas e como um fóco infeccioso latente pode determinar dores à distancia em territórios nervosos e arterias absolutamente diferentes, e como a sinusite maxilar é uma afecção polimorfa e enganadora.

Num 4.º caso os A.A. verificaram como um espessamento bilateral do septo pode acarretar cefaléa de origem nasal, curável pela resecção das cabeças do corneto médios que são comprimidos contra as paredes externas.

ANTONIO CORRÊA

BOUCHET et PIALOUX - "Sobre a curva audiométrica de caráter labiríntico em certas surdezes de origens nasal" - Les Anales d'Otol. - Vol. 69, 350352 - 1952.

São apresentados dois casos cuja anaménese revela: 1.°) Surdês unilateral ligeiras e acufenos agudos; 2.º) Permeabilidade nasal defeituosa.

Após o exame conclue-se tratar de lesão tubo-timpanica em que o audiograma mostra uma queda nítida a partir de 2.048 V.D. lembrando lesão coclear. Ao fim de 3 meses de tratamento nasal, sem insuflação, houve melhora nítida, com audiograma quase normal e desaparecimento dos zumbidos. Nesse caso pode-se admitir uma lesão coclear funcional reversível.

ANTONIO CORRÊA

R. C. GROVE - "Importancia da, sinusite hiperplástica na etiologia da rinite alérgica." - A.M.A. - Arch. of. Otol. - V. 57: 267-281 - Março 1953.

Um grupo de 105 pacientes com sinusite hiperplástica e rinite vaso motora associada, foram estudados sob o ponto de vista alérgico, rinológico e radiológico, afim de se poder orientar quanto à etiologia e terapêutica adequadas.

Pelo estudo alérgico verificou-se que 50% irão tinham testes cutaneos positivos, e dentre aqueles positivos, os alérgenos inalantes são os mais importantes (poeira domética).

Em 75% dos pacientes a infecção constitui fato evidente como etiologia, especialmente nos pacientes mais idosos, daí a divisão em 3 grupos:

1.º) A rinite vaso motora infecciosa.
2.º) A rinite vaso motora não infecciosa.
3.º) Tipo combinado.

O estudo radiológico simples e com contraste ajuda a fazer o diagnóstico, assim como a história do paciente, o hemograma (eosinofilia), a citologia do muco nasal e a eritrosedimentação. Dada a frequência de infecção nos casos de sinusite hiperplástica associada à rinite vasomotora, o A. dá muito valor à vacinoterapia autogena ou stock.

No grupo de 105 paciente, a cirurgia mostrou 73% de melhora moderada e 20% de melhora ótima. Deve ser lembrada que a cirurgia deve erradicar todas as condições patológicas o mais completamente possível, e ser seguida de vacinoterapia e desensibilisação com os alergenos adequados ao caso. Pensa o A. que o tratamento radical e precoce do paciente pelo Otorinolaringologista junto com o alergista, dá resultados satisfatórios e duradouros.

ANTONIO CORRÊA

A. I. GOLDNER - "Hipoacusia nos operários de estaleiros - Estudo clínico de 600 casos e diagnóstico da surdêsê profissional" - A.M.A., Arch. of Otol. Vol. 57: 207-309 - Março 1953.

O estudo clínico de 600 operários de estaleiros, mostrou que em 403 tratava-se de surdês profissional típica, relacionada ao ambiente ruidoso, que pela sua intensidade e continuidade irão permitiu recuperação adequada do órgão colear.

A idade mais avançada e o ambiente confinado acarretam maior queda da audição.

São queixas mais comuns a hipoacusia e o tinnitus. No diagnóstico da surdês profissional, comumente o teste da voz falada é normal enquanto o teste da voz cochichada apresenta-se muito diminuída.

No audiograma há uma queda predominante dos tons agudos.

A coexistência de otite média, perfuração timpanica, surdes por trauma craniano, e outros tipos de surdês de perceção torna o paciente mais susceptível ao trauma sonoro profissional, e cria dificuldades no diagnóstico.

Decorre do estudo de surdês profissional a necessidade de exame audiométrico e otológico antes e durante o emprego, assim como a melhoria das condições ambientes, o uso de protetores auditivos e o afastamento dos operáris mais susceptíveis à doença.

ANTONIO CORRÊA

Imprimir:

BJORL

 

 

 

 

Voltar Voltar      Topo Topo

 

GN1
All rights reserved - 1933 / 2024 © - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial